segunda-feira, dezembro 07, 2015

Maioria dos governadores é contra o impeachment de Dilma


Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deflagrou na quarta-feira passada (2) o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Desde então, governadores discutem se apoiam o rejeitam o impedimento da petista. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a maioria dos governadores manifestou apoio à petista. No entanto, uma parte expressiva ainda tenta se manter distante do processo, sem declarar posição.

O jornal ouviu governador e chegou a conclusão que entre os 27 líderes estaduais, ao menos 15 são contrários à abertura do processo, nove preferem não se manifestar de modo incisivo e apenas um é favorável ao afastamento da presidente: Pedro Taques (PSDB), do Mato Grosso. Outros dois (de RO e RR) não responderam à reportagem.

Dilma pretende ampliar sua base de apoio e, segundo o jornal, deve convidar os governadores para encontros em Brasília a partir desta semana. A publicação recorda que a petista já havia tentado uma aproximação com governadores em setembro, quando procurava apoio para a recriação da CPMF.

No Nordeste a presidente tem maior apoio. Oito dos nove chefes do Executivo da região assinaram uma carta na quinta-feira (3) em repúdio à abertura do processo. O Nordeste foi também a maior base de Dilma tanto nas eleições de 2010 quanto em 2014.

"Vamos criar uma mobilização que abranja lideranças políticas e também entidades da sociedade para proteger o que construímos", ressaltou o maranhense Flávio Dino (PC do B), um dos signatários.

A publicação revela que até agora, governadores tucanos também preferem manter distanciamento da crise em Brasília.

Beto Richa (PSDB), do Paraná, disse que, hoje, "ninguém é a favor ou tem o prazer de defender o afastamento" de Dilma. "Até porque somos democráticos e respeitamos os resultados das urnas".

Reinaldo Azambuja (PSDB), do Mato Grosso do Sul, disse à Folha que aguardará encontro com colegas de partido para abordar o assunto publicamente.

Já o paulista Geraldo Alckmin (PSDB) tem ressaltado que é preciso seguir o rito legal, mas salienta que "impeachment não é golpe". O governador comenta que, uma vez deflagrado, o desfecho de um pedido de afastamento é imprevisível.

Aos aliados no Congresso, Alckmin teria reclamado da postura do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido, rival interno do paulista na corrida pela candidatura ao Planalto em 2018 e defensor do impeachment. O governador manifesta irritação com o fato de que Aécio não consulta correligionários antes de se posicionar.

uol

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