terça-feira, dezembro 08, 2015

Lago de Sobradinho dá sinais de recuperação

Por enquanto, barragem de Sobradinho seguirá gerando energia
Foto: divulgação/arquivo Chesf

Maior reservatório de água do Nordeste, o de Sobradinho, na Bahia, iniciou um processo de recuperação do seu volume útil desde a semana passada. Está chegando mais água do que a quantia liberada pelo lago atualmente, com a vazão em 900 metros cúbicos por segundo. No último domingo, chegaram 1,1 mil metros cúbicos por segundo. Isso fez o reservatório alcançar 1,4% do seu volume útil, aquele acima do volume morto. Nesse último, não é possível captar água para geração de energia.

“Nos próximos 15 dias, Sobradinho não chega ao volume morto. Esse aumento na quantidade de água foi devido a uma chuva inesperada que ocorreu no Sul da Bahia e Norte de Minas Gerais”, diz o diretor de Operação da Chesf, José Ailton de Lima.

No início de novembro, a previsão era de que Sobradinho chegasse ao volume morto na primeira semana de dezembro, o que estava preocupando muito os produtores do Vale do São Francisco, que dependem da água do reservatório para produzir. No dia 30 de outubro, o lago chegou a 4,55% do seu volume útil. Depois, passou a diminuir a cada dia até a semana passada, quando chegou a 1,1%.

Para continuar poupando a água do lago, a Chesf pediu uma redução da vazão de Sobradinho, saindo dos 900 metros cúbicos por segundo para 800 metros cúbicos por segundo a partir de 20 de dezembro. A decisão deve ser analisada numa reunião com representantes do governo federal e dos usuários do São Francisco no dia 15 de dezembro. Há alguns grupos contra porque isso diminuirá, ainda mais, o volume de água para irrigantes, pescadores que vivem abaixo de Sobradinho.

“Se for aprovada, essa redução da vazão vai provocar uma redução de 300 megawatts (MW) médios na produção de energia na cascata do São Francisco”, diz Ailton. Na cascata, são fabricados 2,7 mil MW médios. A escassez de água faz a usina de Sobradinho gerar 180 MW médios, embora tenha a capacidade produzir 1050 MW. Segundo ele, não há risco de racionamento, porque novos parques eólicos se implantaram na região e há mais linhas de transmissão para trazer mais energia.

Da Editoria de Economia
Jornal do Commercio

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