O palestrante defendeu que as instituições de pesquisa, de todo o país, devem ter uma atuação mais integrada, a fim de promover o desenvolvimento sustentável e ofertar alternativas de produção economicamente viáveis para agricultura. O presidente da Embrapa defendeu uma nova visão de futuro para a pesquisa e a inovação da agricultura, com base em três eixos estratégicos.
O primeiro é a articulação, alinhamento e sinergia entre Embrapa, organizações estaduais de pesquisa, universidades, setor privado, e outros atores envolvidos no processo de pesquisa e inovação agropecuária. O segundo eixo estratégico é modelar e implementar uma aliança capaz de ampliar a diversidade e a disponibilidade de produtos, práticas, processos e conhecimentos para o sistema produtivo agropecuário. E o terceiro é consolidar um modelo de governança dinâmico e eficiente, capaz de atrair fontes adicionais de financiamento público e privado, em âmbito nacional e internacional. “O futuro é o principal insumo das instituições de pesquisa”, pontuou Maurício Lopes.
O presidente do IPA, Gabriel Maciel, destacou, ainda, que o órgão desempenha um papel estratégico na construção de novas alternativas para o meio rural. “O IPA atua em três áreas primordiais ao desenvolvimento do setor agropecuário: pesquisa, extensão rural e infraestrutura hídrica. Integrados, esses pilares ofertam recursos indispensáveis a todo agricultor”, completou Maciel.
Após a palestra, foram homenageados sete funcionários do IPA, representando o setor administrativo, pesquisa, extensão e ex-presidentes. Na ocasião, foi lançado o livro “IPA, 80 anos”, de Antônio Carlos de Souza Reis. O evento finalizou com o descerramento de uma placa de comemoração, alusiva aos 80 anos.
Confira abaixo o perfil dos homenageados:
Representante do setor administrativo - Eduardo Borges de Barros: é impossível falar da história do IPA, sem citá-lo. Mais conhecido como irmão, o adovgado Eduardo é um arquivo vivo da instituição. Sua carreira teve início em 1967, e desde então, desenvolve suas atividades com empenho e competência.
Representante da área de pesquisa e desenvolvimento nos laboratórios – Marilene Pimentel: laboratorista do IPA há 37 anos, Marilene contribuiu com o desenvolvimento dos mecanismos disponíveis para o agricultor, através dos trabalhos desenvolvidos no Laboratório de Água, Plantas e Ração do IPA.
Representante da área de Pesquisa e Desenvolvimento – José Nildo Tabosa: pesquisador do IPA desde 1976, Tabosa é doutor, pela UFPE, em Tecnologias Energéticas Nucleares com Aplicações no Fitomelhoramento. Nos seus 39 anos de carreira dedicados ao IPA, ele desenvolveu pesquisas e difundiu tecnologias com a cultura do sorgo no semiárido de Pernambuco e de outros estados da federação. Além, de desenvolver, também, atividades com plantas forrageiras em áreas degradadas do semiárido.
Representante da área de Assistência Técnica e Extensão Rural - Fábio César: extensionista de carreira da extinta Emater/PE, o técnico ingressou sua carreira no IPA no ano de 2003. Lotado, atualmente, na gerência regional do IPA, em Caruaru, ele se destaca por sua dedicação a prestação dos serviços de Ater, junto aos agricultores familiares.
Homenagens Póstumas
Pesquisador Hélio de Almeida Burity: dedicou grande parte das suas pesquisas a área de biotecnologia. Idealizador do laboratório, o pesquisador consagrou sua carreira como um grande formador de recurso humanos.
Pesquisador Luiz Jorge Wanderley: como resultado de suas pesquisas, o IPA se tornou pioneiro no Brasil, na produção de sementes de cebola em regiões tropicais. Jorge também tornou o IPA pioneiro, dessa vez no nordeste, no melhoramento de tomate, cujo trabalho originou os primeiros tomates com características tropicais na produção frutos em temperaturas elevadas como o semiárido.
Paulo Miranda: formado em Agronomia, pela UFRPE, dedicou toda sua vida profissional ao IPA, desenvolvendo projetos com diversas espécies vegetais, mas se consagrou especialmente no melhoramento genético do feijoeiro, cujos trabalhos resultaram no lançamento de cultivares, como a IPA 7419, que chegou a ser uma das mais utilizadas no Brasil, entre as décadas de 70 e 80.
Pesquisadora Maria de Lourdes de Aquino – contribuiu, de forma significativa, para o desenvolvimento da fitopatologia. Em destaque, citamos estudos em que a pesquisadora comprova que, apesar das controversas de pesquisadores e cientistas renomados, que o mal das sete voltas – doença, conhecida vulgarmente como rola, era causado por outros agentes etiológicos, causando grandes prejuízos a cultura da cebola, foi definitavamente identificado pela pesquisadora, como um fungo denominado cientificamente colletotrichum. saindo da fitopatologia, ela pesquisa fungos entomopatogênicos, a exemplo do metarhizium anisopoliae, desenvolvendo uma tecnologia (fungo em pó) como metaquino, em homenagem ao seu nome.
Fonte: Núcleo de Comunicação do IPA
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