Reginaldo Nasser, entrevistado do Ponto a Ponto (Foto: Thiago Cogo)
De acordo com dados do Instituto para Economia e Paz, da Universidade de Maryland, divulgados este ano, o número de pessoas mortas em ataques terroristas no mundo bateu um novo recorde em 2014, com um aumento 80% em relação a 2013, já o Índice Global de Terrorismo (Global Terrorism Index) mostrou que 32.658 pessoas foram mortas por terroristas em 2014, o maior número já registrado. Em 2013, foram contabilizadas 18.111 mortes em 162 países. Na pesquisa, foi analisado que somente os grupos Estado Islâmico (EI) e Boko Haram foram responsáveis por mais metade das vítimas.
O professor Reginaldo Nasser lembra que é a primeira vez na história em que "atores terroristas e não países são declarados inimigos" e que o combate está ligado à eficiência policial. "Quem deve combater o terror? A inteligência. A França deveria desconfiar dela e não bombardear a Síria. Sabe quantos minutos a polícia demorou para chegar no Bataclan, um dos locais onde houve atentado, no centro da capital francesa? 12 minutos. É muito ineficiente", disse. Ainda segundo Nasser, ele não entende porque os países ainda não bombardearam as refinarias de petróleo, principal fonte de receita do Estado Islâmico.
Outro assunto debatido no Ponto a Ponto deste sábado é a recente aprovação do PL 169/15, que isenta da necessidade de visto estrangeiros que queiram entrar no Brasil para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Setores da sociedade criticaram a presidente Dilma Rousseff por ter sancionado esse Projeto de Lei, pois o país poderia correr o risco de sofrer ataques terroristas durante as competições. Todavia, segundo Nasser, é improvável que isso aconteça. "Esses grupos não fazem ataques esperados. Todos achavam que também iria acontecer nas Olimpíadas em Londres, a política toda na rua, e não houve", argumentou.
Milton Couto/Assessoria
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