Tacaratu, no Sertão de Itaparica, a 453 km do Recife, tende a ser palco de uma disputa municipal com um astro do autêntico forró pé-de-serra no palanque como uma alternativa de renovação ao velho e batido conceito da política coronelesca.
o cantor Josildo Sá. Filho da terra e filiado ao PV, o talentoso artista, que já goza de um belo trânsito na política estadual, está animado. “Tacaratu tem o maior parque híbrido do País ao lado do São Francisco. Sendo assim, exige uma nova política”, diz Josildo.
Tem os pés no chão do sertão mas possui olhos e ouvidos bem atentos a musicalidade contemporânea, recebendo influências de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Assisão e Trio Nordestino mas também do manguebeat, do rock and roll, do maracatu, do frevo e do samba.
Prova disso é a diversidade das músicas que canta em suas apresentações, passeando por forrós, cocos, baiões e arrasta-pés até chegar ao seu Samba de Latada.
O primeiro trabalho, "Virado Num Paletó Veio", foi considerado um dos melhores discos de forró de todos os tempos.
Lançado em 1998, abriu caminho para o segundo disco "Coreto" (2004), no qual interpreta várias músicas de sua autoria em parceria com Anchieta Dali. Mas foi o seu terceiro CD, Samba de Latada, que fez em parceria com o Maestro e clarinetista Paulo Moura, que alavancou a carreira de Josildo Sá para todo o Brasil.
Muito além de ser apenas um novo disco, o CD Samba de Latada tem resgata o forró sambado, esquecido desde Jackson do Pandeiro, lá nos anos 60. Aliás, antigamente, no Nordeste, forró e samba tinham o mesmo significado. O forró e o samba eram a festa, onde se tocava do baião ao chorinho.
No Nordeste ele (o samba) foi adaptado para a sanfona, o triângulo, a zabumba, mais violões, banjo, instrumentos de sopro. Era chamado "samba de matuto", ou "samba de latada". A latada, no caso, era uma extensão da casa, ou "puxada", coberta por folhas de flandres, onde aconteciam os forrós, ou sambas.
O Samba de Latada teve como um dos maiores intérpretes o sanfoneiro Abdias e o compositor João Silva, seguidos pelo paraense Osvaldo Oliveira e Jackson do Pandeiro.
Quarenta anos depois, JOSILDO SÁ traz de volta ao disco esta nuance esquecida do samba. E vem na companhia de um dos maiores músicos do mundo, o PAULO MOURA. É a primeira vez que o Maestro acompanha um cantor em seus mais de cinquenta anos de carreira.
O disco recebeu inúmeros elogios dos críticos por todo o Brasil, o que fez com que Josildo Sá e Paulo Moura fossem apresentar o Samba de Latada na edição de 2007 do TIM FESTIVAL, o maior festival de música do Brasil. Foi a primeira vez que um forrozeiro participou do Festival, abrindo ainda mais os olhos do país para o artista pernambucano.
Seguindo-se ao Tim Festival, iniciou-se uma turnê de onze shows pelo Sudeste do país com apresentações até no Teatro Rival (RJ) e Sesc Pompéia (SP) e participações nos programas de Rolando Boldrin (TV Cultura) e Sarau com Chico Pinheiro (Globo News), exibidos em cadeia nacional.
Em maio de 2008 Josildo Sá recebe a indicação para concorrer ao Prêmio Tim de Melhor Cantor Regional do Brasil, a maior premiação da música nacional, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ainda em 2008 é gravado no Teatro de Santa Isabel o show Samba de Latada, exibido para todo Pernambuco como especial de fim de ano da Rede Globo Nordeste. Este show, também aclamado pela crítica ("A primorosa direção cênica e musical ajudou a dar ritmo a gravação..." - Olívia Mindêlo do Jornal do Commércio), será transformado em DVD com lançamento previsto para 2009.
Com informações do Blog do Magno e Nordeste.com
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