Reunião ocorrerá no Comando Militar do Nordeste
Foto: Alexandre Gondim/acervo JC Imagem
Atenta ao avanço do Zika vírus em todo o país e principalmente no Nordeste, a presidenta Dilma Rousseff chega ao Recife, neste sábado (5), para lançar o plano de ação de prevenção e combate à doença causada pelo mosquito Aedes aegypit.O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), vai acompanhar a visita da presidenta à cidade, onde irão se reunir com a linha de frente do enfrentamento à doença no Comando Militar do Nordeste, às 10h30.
Humberto ressalta que essa será a quarta viagem de Dilma ao Estado desde o início do segundo mandato. Pernambuco é a unidade da federação com a maior quantidade de registros de casos de bebê com microcefalia, 646, metade dos quase 1,3 mil contabilizados em todo o país.
"O Governo Federal está complemente envolvido no combate a esse problema inédito no país, que é a questão da microcefalia em recém nascidos causada pelo Zika vírus. A presidenta demonstrou o seu alto grau de preocupação com a enfermidade e está mobilizando agentes de saúde, a Defesa Civil Nacional, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica para nos ajudar nessa ação de prevenção ao vírus”, afirma Humberto.
O lançamento do plano em Pernambuco, anunciado nesta sexta-feira (4) pela presidenta durante discurso na 15º Conferência Nacional de Saúde, é resultado de um trabalho feito por um grupo criado por ela que reúne 19 entidades do Governo Federal, incluindo ministérios, secretarias especiais e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para o senador, a situação exige um combate rigoroso e imediato de todos os entes da Federação e de toda a população para não sair do controle. "A microcefalia relacionada ao Zika vírus é uma doença nova que ainda não está descrita na literatura internacional. Vamos ter de, efetivamente, nos dispor a essa luta, uma verdadeira guerra contra esse vírus", avalia o senador.
"É algo que não podemos negligenciar. Vamos usar de todos os elementos, desde essa prevenção e atuação, até o uso de tecnologia para procurar vacinas que sejam comercializáveis. Não existe vacina disponível ainda e não há tratamento específico para a infecção”, complementa.
Ele lembra ainda que está em estudo o uso de novas tecnologias para eliminação desses focos, como a infecção dos mosquitos com uma bactéria que gera esterilidade nas fêmeas.
Humberto acredita que a população tem papel fundamental no enfrentamento ao Aedes aegypit, transmissor do Zika, da dengue e da Chikungunya, já que mais de 90% dos focos do mosquito estão nas residências onde tem água parada.
“Com atitudes simples, mas que devem ser tomadas todos os dias, podemos evitar que o mosquito se reproduza. O nosso Estado tem uma tradição histórica de luta, e esse é um combate decisivo em defesa da saúde e da vida”, afirma.
O senador reitera que o Zika vírus foi identificado no Brasil pela primeira vez em maio deste ano e que não há dados sobre a doença, pois não é de notificação compulsória. “Temos de ter todos os elementos para combater algo que ainda não apareceu em muitos países. As enfermidades são graves e capazes de provocar danos permanentes e até a morte”, finalizou.
A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Caracteriza-se pela ocorrência de microcefalia em crianças cuja mãe tenha histórico de infecção pelo Zika vírus na gestação.
Por Assessoria
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