CPRH devolve animais resgatados à natureza

 Fotos: CPRH/Divulgação

Mais 24 animais foram devolvidos a natureza nesta quarta-feira (02), por meio do trabalho de reabilitação e soltura desenvolvido pelo setor de gestão de fauna da Agência estadual de Meio Ambiente (CPRH). Em um fragmento de mata atlântico localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR) foram soltos dois cágados de barbicha (Phrynops geoffroanus), um pato irerê (Dendrocygna viduata), um xexéu de bananeira (Cacicus cela), um chorão (Sporophila leucoptera), oito canários da terra (Sicalis flaveola), um sabiá laranjeira (Turdus rufiventris), um tiziu (Volatinia jacarina), três tuins (Forpus xanthopterygius) e três papas capim (Sporophila nigricollis). 

Também voltaram ao seu habitat natural dois pintassilgos (Sporagra magellanica) e um pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), pássaros que estão na lista vermelha de ameaçados de extinção. O pintor-verdadeiro foi resgatado durante a operação Operação Voo Livre, realizada por fiscais do setor de fiscalização Florestal da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), em ação conjunta com a Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma), no último mês de setembro, no município do Paulista. O pássaro é endêmico da região Nordeste, que figura na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção, divulgada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Monitoramento no Sertão

Com o objetivo de acompanhar a evolução dos papagaios antes domesticados que foram resgatados ou apreendidos e devolvidos a natureza, no sertão de Pernambuco, a CPRH, através do projeto “Papagaios da caatinga”, desenvolvido pelo biólogo Yuri Valença, realizou trabalho de monitoramento, no período de 18 a 26 de novembro, nos municípios de Exu, Petrolina e Salgueiro.

Mensalmente, o biólogo visita os locais de soltura para verificar o progresso da adaptação dos papagaios ao habitat natural. “Desde a primeira ação, feita em 2013, já foi possível perceber que os grupos de papagaios que soltamos estão reabilitados, pois se alimentam bem e até já estão formando casais para reprodução”, revelou Yuri. Antes de serem devolvidos a natureza, os papagaios domesticados passam p por um processo de reabilitação onde são “treinados” em cativeiro para aprender a se defender de predadores naturais, procurar alimentos e criar musculatura de voo. “Na natureza, um papagaio chega a voar 30 km por dia”, destacou o biólogo. 

O Projeto “Papagaios da Caatinga” também conta com a parceria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovavéis (Ibama), por meio do Escritório Regional de Salgueiro, do Centro de manejo de Fauna da Caatinga e da Universidade do Vale do São Francisco - UNIFASV/World Parrots Trust).

Izabelyta Guerra/Núcleo de Comunicacão Social e Educação Ambiental - NCSEA/CPRH