Fotos: José Luiz Oliveira/Codevasf
Na abertura do seminário, o presidente da Codevasf, Felipe Mendes, destacou o papel da Codevasf na revitalização das bacias hidrográficas, bem como o empenho dos técnicos da Companhia em organizar um evento para discutir questões relacionadas a solo e água. “É sempre possível fazer mais e melhor. Por isso, quero parabenizar a iniciativa dos servidores de idealizar e organizar esse seminário para discutir questões tão importantes para a sociedade”, salientou.
O engenheiro agrônomo da Codevasf Paulo Cerqueira, que esteve à frente da organização do seminário, também ressaltou a importância desse debate. “Há dois meses vínhamos trabalhando para que esse evento acontecesse, e foi muito interessante perceber a repercussão positiva que houve entre as instituições parceiras. Estamos no Ano Internacional dos Solos, que foi estabelecido pela ONU, e é importante nos posicionarmos e mostrarmos o que fazemos e como fazemos para que haja sustentabilidade dos recursos naturais”, afirmou.
Na sequência, uma mesa redonda mediada pelo diretor da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação da Codevasf, Napoleão Casado, teve como tema a governança dos recursos hídricos. Na ocasião, o gerente de uso sustentável da Agência Nacional de Águas (ANA), Devanir Garcia, tratou sobre o programa Produtor de Água e o pagamento de serviços ambientais, e a chefe da Divisão de Meio Ambiente do Itamaraty, Clarissa Nina, abordou o Brasil e o debate internacional sobre governança e preservação dos solos e da água.
Também nessa ocasião, fizeram apresentações Adolfo Barbosa, da Secretaria de Recursos Hídricos de Alagoas, que explicou sobre a recuperação da qualidade da água de nascentes das regiões Metropolitana, Bacia Leiteira, Sertão e Agreste Alagoano, e o diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Eduardo Motta, que tratou do Plano Nascente, publicação elaborada por técnicos da Companhia que mostra a experiência da empresa na execução das ações de recuperação hidroambiental desenvolvidas nos últimos 10 anos. “Nós apresentamos aqui um recorte do nosso Programa de Revitalização, que é o Plano Nascente. Ele envolve justamente a parte de recuperação de nascentes, matas ciliares, matas de topos de morro, que são as áreas de proteção permanente e as áreas de recarga, assim como a produção de mudas e o seu plantio”, destacou Motta.
Outra mesa redonda, mediada pelo presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID), Helvécio Mattana Saturnino, que foi homenageado durante o seminário, contou com explanações de Eder Machado, da Embrapa Cerrados, sobre rochagem no manejo da fertilidade do solo e seu impacto na mitigação de gases de efeito estufa, e do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Vinícius Neves, a respeito de governança e gestão do uso do território e dos solos não urbanos.
Pesquisas científicas
Como parte da programação, foram expostos 41 trabalhos científicos em formato de pôsteres abordando temas desde economia e reuso de água até identificação de solos, revegetação, recomposição de nascentes, entre outras vertentes. Esses trabalhos serão disponibilizados, também, no site da Codevasf. O professor do Departamento de Geografia da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Djalma Villa Gois, foi um dos expositores. Ele apresentou pesquisa que analisou uma área da bacia dos rios Jequitibá e Sururu situada no município de Santo Antônio de Jesus (BA), fazendo um comparativo entre o uso atual da terra com as Áreas de Preservação Permanentes (APPs). “É uma oportunidade para a Universidade divulgar sua pesquisa. Nossa intenção é, também, que os gestores possam utilizar o nosso trabalho, perceber as áreas que estão sendo degradadas e, com isso, possam replanejar as ações que estão sendo desenvolvidas nessa bacia”, explicou o professor.
O I Seminário “Solo e Água no Contexto de Desenvolvimento em Bacias Hidrográficas” contou com apoio de Embrapa Cerrados, Embrapa Semiárido, Universidade de Brasília (UnB), Tribunal de Contas da União (TCU), Divisão de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Agência Nacional de Águas (ANA).
Codevasf
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