Segundo a delegada federal Carla Patrícia, a investigação começou em março a partir de uma notícia-crime do Ministério da Agricultura que denunciava a adulteração de leite para comercialização. Além, da notícia-crime, havia cerca de 20 queixas de consumidores na ouvidoria do ministério. Desde então, foram feitas diligências para identificar em qual elo da cadeia produtiva ocorria a adulteração. As amostras que continham substâncias impróprias eram as de produtos disponíveis em supermercados.
A delegada informou que a polícia esteve hoje nas indústrias investigadas para tentar descobrir o motivo da adulteração. Segundo a delegada, existem duas formas de tirar proveito econômico do leite adulterado. "Em uma delas, acrescenta-se água, o que faz com que o leite perca valor nutricional. Esse tipo de adulteração está previsto no Código Penal. A outra forma é quando o leite está estragado e há um processo químico para evitar a percepção desse processo. Aí, para obter o efeito de 'leite bom', coloca-se soda cáustica, água oxigenada e várias outras substâncias”, explicou Carla Patrícia.
Os produtos apreendidos hoje nas indústrias investigadas passarão por análises para verificar, com precisão, quais substâncias foram usadas na adulteração do leite. De acordo com a delegada, por determinação judicial, os nomes das empresas não serão divulgados até a conclusão dos trabalhos.
A Operação Longa Vida também investiga a suspeita de conivência de servidores do Ministério da Agricultura no processo de adulteração do leite. A Polícia Federal verifica se houve omissão na fiscalização dos itens que foram liberados para comercialização. A assessoria de imprensa do ministério informou que está avaliando a situação e deve se posicionar em breve.
Agência Brasil
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