“Uma mulher. Imagine: na Câmara são 513 deputados, e tem pouco mais de 10, 20, 30 parlamentares mulheres. A maioria é homem, e homem vai tomar uma, sai. A mulher tem mais dificuldade em fazer essa abordagem, tem dificuldade de construir”, afirmou o secretário em passagem citada por Teresa Leitão.
A petista analisou que a manifestação de Nascimento, “destacado pela militância pelos direitos das minorias”, demonstra que esse pensamento está enraizado no ambiente político. “Repete-se que a mulher não tem capacidade de articulação, não é competente, que muita coisa é definida em mesa de bar e que as mulheres não são chegadas à boemia, ao diálogo”, descreveu.
Líder do Governo, Waldemar Borges (PT) enfatizou, em aparte, que a afirmação do “militante” Isaltino Nascimento não é o posicionamento da gestão socialista. “O secretário tem uma vida identificada com a luta das minorias, e não vai ser essa eventual infelicidade que vai desmerecer seu testemunho de vida”, sustentou.
Os deputados Edilson Silva (PSOL), Botafogo (PDT) e Zé Maurício (PP) desaprovaram a postura do secretário. Já Socorro Pimentel (PSL) afirmou “que esse é o discurso de quem acredita que, para entrar na política, a mulher precisa ser esposa, filha, ou parente de algum político,” queixou-se. “Há oitenta anos conseguimos o direito ao voto, depois conseguimos ser candidatas, e a luta atual é para sermos respeitadas na política”, frisou Teresa Leitão.
Alepe
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