Após assembleia, policiais civis decidiram deflagrar o estado de greve. Paralisação total pode acontecer a partir de janeiro. Foto: Simpol/Divulgação
Após assembleia realizada na tarde desta sexta-feira policiais civis de Pernambuco decidiram deflagrar o estado de greve. Ficou decidido que haverá restrição nos serviços prestados à população e que, a partir de janeiro, a qualquer momento poderá ser deflagrada a greve geral. Uma agenda de atos públicos em protesto contra a falta de respostas do Governo do Estado em relação à pauta de reivindicações da categoria também é prevista pelo Sindicato dos Policiais Civis (Simpol).
“A categoria está dando carta branca para decretarmos greve se o Governo do Estado não sentar na mesa para negociar conosco. Estamos dispostos a parar no Carnaval”, afirmou o presidente do sindicato, Áureo Cysneiros. Entre a pauta apresentada ao governo, a categoria pede a criação do plano de cargos e carreiras, reajustes salariais e melhorias das condições de trabalho.
A decisão pelo estado de greve acontece em um momento delicado. Nesta semana, Pernambuco ultrapassou a marca de 3.440 homicídios registrados neste ano. O número superou a quantidade de assassinatos contabilizada ao longo de todo o ano de 2014. Isso significa que pela segunda vez consecutiva o Pacto pela Vida fechará o ano com resultado negativo.
Desde maio deste ano, o Simpol vem realizando uma série de mobilizações na tentativa de pressionar o Governo do Estado. Houve até paralisação de advertência, restringindo serviços no Instituto de Medicina Legal (IML) e no Instituto de Criminalística. No mês seguinte, preocupado com a possibilidade de greve, o Governo do Estado entrou com pedido no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para que determinasse que os policiais civis que faziam paralisação de advertência voltassem imediatamente ao trabalho. O pedido foi acatado. Na época, a categoria optou por não deflagrar a greve.
Ronda JC
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