A operação objetivou prender suspeitos de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lesão corporal e de integrar uma organização criminosa. As buscas foram realizadas em Caruaru, Agrestina, São Caetano, Tacaimbó e no Recife. A investigação teve início em julho deste ano e durante as buscas nesta quinta-feira foram apreendidos um revólver calibre 38, dez computadores e vários documentos, que ainda serão analisados pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, as pessoas investigadas na operação são suspeitas de captação de pacientes na rede pública de saúde para atendimento na rede privada, atraso na prestação de serviços para estimular o pagamento indevido de valores pelos pacientes e familiares, utilização de material cirúrgico além da quantidade prescrita e realização de cirurgias sem indicação de necessidade.
O líder do grupo é suspeito de atuar na captação de pacientes, tráfico de influência e cobrança indevida de valores para serviços públicos. Seis envolvidos são suspeitos de captação de pacientes. Um deles é considerado foragido da polícia.
O médico Pablo Thiago Cavalcanti é suspeito de realizar cirurgias na rede privada com pacientes da rede pública, de procedimentos cirúrgicos sem indicação de necessidade e uso de material ortopédico além do prescrito. O médico Bartolomeu Bueno Motta é suspeito de corrupção passiva. Ambos atuavam no Hospital Regional do Agreste (HRA), emCaruaru.
Outro médico e uma servidora de saúde receberam mandado de condução coercitiva. Ele é suspeito de realizar cirurgias de na rede privada com pacientes da rede pública, enquanto ela é suspeita de captação de pacientes.
Médicos presos
Os médicos Bartolomeu Motta e Pablo Thiago foram presos nesta quarta-feira (11) e já estão na Penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Eles estão na mesma cela, que tem televisão e cama, de acordo com a direção da unidade prisional. Os advogados dos suspeitos informaram que, por enquanto, não irão se pronunciar sobre o assunto, pois estão tendo acesso aos autos.
Cremepe e Simepe
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Mas, até o momento da publicação desta matéria, não houve resposta. O G1 também conversou com diretor regional do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Paulo Maciel. Ele informou que não irá se pronunciar até obter mais informações sobre o caso.
Entenda o caso
Clínicas, consultórios médicos e casas do Agreste e do Recife, além do Hospital Regional do Agreste (HRA) e um hospital particular de Caruaru, foram os lugares abordados pelos policiais. Participam da operação 100 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
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