A situação da economia do país e municípios foi discutida ontem (11), no I Seminário Crise Econômica e Oportunidades de Negócios para o Município, realizado pela Câmara Municipal de Floresta.
Durante o evento foi apresentado um novo documento que acaba de ser elaborado pelo Sebrae com um Diagnóstico Econômico do Território de Itaparica. A consultora responsável, Keyla Patrícia, apresentou números como taxas de desemprego de Carnaubeira da Penha (1,5%), Floresta (2,8%), Itacuruba (7,3%), Jatobá (4,4), Petrolândia (5,7) e Tacaratu (2,8). Ainda destacou o valor adicionado bruto – VAB da agropecuária, indústria e serviços, sendo este último o mais elevado em todos os seis municípios, com grande importância na formação do Produto Interno Bruto – PIB.
Outra temática que chamou muita atenção dos participantes foi o desenvolvimento territorial e o papel da gestão municipal e da governança na sociedade do conhecimento, palestra ministrada pelo diretor regional da Unidade de Negócios do Sebrae, Pedro Lira. “As políticas econômicas são insuficientes para combater a pobreza e reduzir as desigualdades. O desenvolvimento não depende unicamente do setor público. Depende de forma decisiva da forma como se organiza o conjunto dos atores sociais em cada território”, disse Pedro.
Ele ainda chamou a atenção do público para o papel do prefeito, que deve ter uma estratégia de dinamização econômica local, enquanto que os vereadores de apoiar, cobrar e fiscalizar o prefeito. Destacou que no período de crise é muito importante ter atitudes empreendedoras com busca de informações, de oportunidades e iniciativas, persistências, correr riscos calculados, exigência de qualidade e eficiência, entre outras.
Pela manhã, o evento também contou com uma Clínica Tecnológica do Agronegócio, sob a coordenação do consultor do Sebrae Pedro Tasso. Para ele, o mundo está de olho no agronegócio, o que possibilita a ampliação do setor, e que a região de Itaparica tem potencial para o negócio. Contudo, deverá enfrentar desafios como a infra-Estrutura para exportação.
No horário da tarde, os trabalhos foram reiniciados com apresentação do professor Francisco José Castro, coordenador do curso de ciências econômicas da UFRPE/UAST – Serra Talhada. Segundo ele, uma pesquisa do Bacen com mais de 100 instituições financeiras realizada em outubro de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) Brasileiro terá mais um ano de retração, que em 2016 será de - 1,20%. Sendo essa a pior marca desde o governo Collor que foi -1,28. Esse ano a retração chega a - 2,97%.
Quanto ao Seminário, Francisco parabenizou a iniciativa do Presidente do Legislativo de Floresta, Murilo Alexandre de Almeida. “Posso dizer que sua atitude é inovadora, empreendedora. Realizar um seminário com alto nível de debate com participação de diversas representações da sociedade possibilita entendermos o cenário que temos vivido e como encontrar soluções para enfrentar essa crise”.
A última palestra do dia foi do engenheiro agrônomo e consultor do Sebrae, Aloísio Ferraz, que falou sobre o desenvolvimento e a transposição do São Francisco/eixo leste – Floresta, obra que segundo ele só deverá ficar pronta em 2020. Aloísio defende a ideia de incluir a região da Serra Negra no projeto de transposição, o que poderia gerar cerca de 40 mil empregos.
Ao final da palestra, ficou a sugestão de se montar uma comissão unindo 22 municípios que se beneficiariam diretamente com o projeto, para que sejam reivindicadas essas modificações no projeto original da transposição. Causa já abraçada pelo presidente Murilo Almeida.
Por Assessoria da Prefeitura de Floresta
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