Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo. No Brasil, quase 12 mil pessoas se matam por ano e a tendência é de crescimento destas mortes entre adolescentes e jovens. Nos últimos dez anos, a taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre os brasileiros de 15 a 29 anos. Os números, considerados alarmantes, foram revelados na audiência pública. O autor do pedido, senador Hélio José (PSD-DF), lamentou que o suicídio ainda seja um tema cercado por tabus e preconceitos e disse que o problema representa uma epidemia no Brasil e no mundo.
— Muitos já falaram mas é preciso reprisar. Vivemos uma epidemia silenciosa. De fato é uma epidemia que está afetando muita gente perto da gente. Por isso é importante estarmos aqui discutindo este tema.
Os médicos e psicólogos participantes lembraram que há diversas oportunidades para salvar a vida de quem pensa em se matar e explicaram que é importante falar sobre o assunto e dar voz a quem sofre. Professor de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Tavares argumentou que as campanhas educativas e ações de prevenção são eficientes e defendeu que o suicídio deve ser tratado como um problema de saúde pública, com políticas e programas específicos.
— Nossos desafios são muito grandes. O contexto da prevenção do suicídio é muito mais amplo, requer que a gente pense nas nossas crianças, nos nossos adolescentes, nos nossos idosos, nas profissões de risco e nas pessoas que possam ter experiências agudas de sofrimento.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) trabalha há 53 anos na prevenção do suicídio. A entidade atende vinte e quatro horas por dia no telefone 141, por e-mail ou bate papo na internet, no endereço www.cvv.org.br.
Agência Senado
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