A norma evitaria o esvaziamento da capacidade hídrica da usina, hoje com apenas 4,55%, pior nível da sua história. No entanto, a redução só será validada pela agência reguladora no final de novembro, após nova rodada de discussão com os atores da bacia para avaliação dos prejuízos na economia local e no abastecimento da população ribeirinha. Até lá, a vazão se mantêm em 900 m³/s, em consonância com a resolução acordada durante a reunião.
Participando do encontro na qualidade de observador, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco se opôs à regra restritiva, defendendo que se avalie a aplicação ou não da medida a partir do término do período úmido. “Os parâmetros apresentados não foram suficientes para nos convencer da necessidade de uma redução ainda maior da vazão defluente de Sobradinho. Num contexto em que qualquer decisão, seja qual for, vai provocar conflitos, é melhor ter mais segurança e mais cautela na hora de adotar medidas que possam comprometer a qualidade das águas”, disse Anivaldo Miranda, presidente da entidade.
Em outro momento, Miranda defendeu a mudança nos atuais modelos de operação dos reservatórios da bacia do São Francisco. “A proposta do Comitê é que se construa uma agenda futura em paralelo ao da crise hídrica, dedicada ao estudo de saídas mais duradouras para as crises de escassez de água. Isso só poderá ser feito quando forem adotadas posições corajosas de mudança nos modelos de gestão das usinas hidrelétricas do país”, frisou.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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