Em maio passado, Joel da Harpa declarou que "bandido que troca bala com a polícia tem que morrer". Líder do PROS na Alepe, o parlamentar é suplente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular (Foto: Giovanni Costa)
O pronunciamento rendeu contestações de membros das bancadas do Governo e da Oposição, todos pedindo um posicionamento mais ponderado ao parlamentar do PROS. Para Teresa Leitão (PT), “a apologia ao ódio, em uma sociedade onde o desrespeito à dimensão humana está tão presente, não pode ganhar eco nesta Casa”. Antônio Moraes (PSDB) lembrou que grupos de extermínio formados nas polícias são um grave problema enfrentado pelos órgãos de segurança pública, que começa pelo assassinato de criminosos e termina por atingir cidadãos inocentes. “Por isso, é muito perigosa o argumento de vossa excelência”, observou o tucano.
Na opinião de Rodrigo Novaes (PSD), em vez de defender a morte dos infratores é preciso cobrar a atuação plena das instituições. “Odeio bandido, acho que ele deve ser severamente punido, mas jamais irei defender que o Estado tenha direito de tirar a vida de alguém”, asseverou. No mesmo sentido, pronunciaram-se os deputados André Ferreira (PMDB), Pastor Cleiton Collins (PP), Edilson Silva (PSOL), Eriberto Medeiros (PTC), Odacy Amorim (PT) e Professor Lupércio (SD).
POLÍCIA – No mesmo discurso, Joel da Harpa questionou a imprensa pela cobertura “hipócrita” reservada à atuação das polícias, “que em vez de mostrar a prestação de serviço à comunidade, exibe casos isolados de faltas cometidas por agentes de segurança pública e suja a reputação dos profissionais”. O deputado ainda cobrou a condução de políticas de educação, saúde e lazer que ofereçam perspectivas à população, “para evitar que o Brasil seja um celeiro de marginais”.
Alepe
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