domingo, outubro 18, 2015

Evangélico, Cunha tem carros de luxo em nome de Jesus.com


A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter colocado carros de luxo em nome da empresa Jesus.com Serviços de Promoções, Propagandas e Atividades de Rádio. Evangélico, Cunha era da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra e foi para a Assembleia de Deus, maior e mais influente.

Segundo a PGR, o parlamentar denunciado ao Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro e corrupção omitiu a propriedade de pelo menos seis carros de luxo, cujo valor é estimado em torno de R$ 1 milhão. A frota foi colocada em nome de duas empresas das quais é sócio - a outra é a C3 Produções Artísticas.

A PGR afirma que, em nome da empresa "Jesus.com", estão registrados um Ford Edge V6 2013, um Porsche Cayenne 2013 e um Ford Fusion 2013. Somente o Porsche é avaliado hoje em R$ 430 mil, segundo os investigadores.


"Eduardo Cunha se utilizaria de diversos veículos, incluindo um Porsche Cayenne, um Touareg, um Corola, um Edge, uma Tucson, uma Pajero Sport", afirma o procurador-geral em exercício, Eugênio Aragão.

Na declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2014 para disputar as eleições, Cunha informou que tinha apenas um Toyota Corolla, ano 2007. Em nota nesta sexta-feira, ele voltou a negar as acusações de ter se beneficiado do propinoduto da Petrobras e de ter contas na Suíça.

Omissão patrimonial

Investigações da PGR apontam que, ao todo, Eduardo Cunha omitiu pelo menos US$ 15 milhões (cerca de R$ 60 milhões em valores atuais) de suas declarações de bens prestadas à Justiça Eleitoral. Ainda assim, o deputado teve uma evolução patrimonial de 240% entre os anos de 2002 e 2014, segundo informações da PGR

Petropropina

A PGR informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente da Câmara dos Deputados recebeu propina de contratos da Petrobras até 11 de setembro de 2014. Os fatos constam do pedido de aditamento por meio do qual a PGR pediu, em agosto, a abertura de ação penal contra Cunha pelo suposto recebimento de U$S 5 milhões em contrato de navios-sonda para a Petrobras.

Ladeira abaixo

O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil, que agrega componentes econômicos para medir a atividade econômica do país, caiu 1,4% em setembro, para 86,2 pontos. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e pela instituição The Conference Board (TCB).

Segundo o levantamento, seis das oito variáveis integrantes do indicador contribuíram negativamente para o resultado em setembro: os índices de Expectativas do Consumidor, da Indústria, do Setor de Serviços, a Taxa Referencial de Swaps, o Índice de Produção Física de Bens de Consumo Duráveis, e o Ibovespa.

Em franca expansão

O único segmento na economia brasileira neste poderia ser interessante, se não tivesse sido adubado pela onda de demissões que aumenta o desemprego no País. É o Microempreendedor Individual (MEI), figura que abriga quem fatura até R$ 60 mil por ano, cuja formalização é simples e imediata. O crescimento dos MEIs deve chegar a 20% este ano.

DCI

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