Após novo concurso, expectativa é de que haverá 1,5 mil PMs a mais nas ruas do Estado
Promessa não cumprida na gestão do ex-governador Eduardo Campos, os concursos para as polícias Civil, Militar e Científica estão mantidos em Pernambuco. É o que garante a Secretaria de Defesa Social. A expectativa é de que até o final do mês seja definido o instituto que irá ser responsável pela realização das provas. Serão 1,5 mil vagas para soldados da PM, 100 vagas para delegado, 550 para agentes e escrivães e mais 316 cargos na Polícia Científica.
Atualmente, Pernambuco conta com 19.942 PMs. Com o concurso, haverá um incremento de 7,5% no número de policiais nas ruas. Ainda é pouco, se for levado em consideração o avanço da criminalidade constatado nos últimos meses. Mas, diante da crise econômica e do orçamento sofrendo cortes, o aumento do efetivo é uma conquista a ser considerada.
O mesmo acontece em relação aos delegados. Serão 25% a mais de profissionais – o que deve, enfim, sanar o déficit nos municípios do Interior, em que ainda há delegacias sem titulares. Problema crônico. Em 2011, o então secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, chegou a anunciar concurso para 200 vagas, mas o número foi reduzido à metade.
A Polícia Científica terá um incremento de 50%. Passará de 626 profissionais, entre médicos legistas, peritos e auxiliares, para 942. Os aprovados devem ser distribuídos para os complexos que estão em construção nas cidades de Palmares, Caruaru e Salgueiro. Uma parte também ficará na capital pernambucana.
O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, prevê que a seleção dos aprovados e treinamento dure pelo menos um ano e três meses. Isso porque o instituto precisa organizar a seleção, apresentar o edital, dar um prazo para as inscrições, realizar as provas (objetivas/discursivas), apresentar os resultados, abrir um período para recursos. Após isso, há exames médicos, físicos e psicotécnicos. Por fim, aprovados em todas as etapas, os profissionais ainda devem passar no mínimo quatro meses em cursos de formação.
Com tantos prazos e burocracias, o reforço mesmo na segurança vai ficar como promessa para 2017.
Jornal do Commercio
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