Diariamente os operadores encontram diversos tipos de lixo que chegam às estações, entre eles: preservativo, absorventes, fraldas, embalagens, pedaços de brinquedo, sacolas plásticas, entre outros.
A rede coletora é projetada para receber apenas 1% de sólidos e 99% de material líquido, proveniente da água que usamos no banho e na lavagem da louça e da roupa. Dentro de um imóvel, estão conectados à rede de esgoto o vaso sanitário, as pias e lavatórios da cozinha e banheiro e o ralo do chuveiro, locais que deveriam receber apenas a água usada nessas atividades, mas que acabam recebendo uma grande quantidade de lixo.
Na Região Metropolitana do Recife (RMR) e na cidade de Goiana, a Odebrecht Ambiental é responsável pela operação, manutenção, recuperação e ampliação do sistema de esgoto, por meio de uma parceria público-privada (PPP) com a Compesa, e nos primeiros dois anos de operação é possível observar o uso inadequado da rede coletora.
No sistema operado pela concessionária estão em funcionamento, hoje, 42 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e 132 Estações Elevatórias. Diariamente os operadores encontram diversos tipos de lixo que chegam às estações, entre eles: preservativo, absorventes, fraldas, embalagens, pedaços de brinquedo, sacolas plásticas, entre outros. Quando chega às estações, esse resíduo é separado no primeiro processo, chamado gradeamento, e depois é encaminhado ao aterro sanitário. Hoje, cerca de 11 toneladas de lixo chegam, por mês, às estações de tratamento.
O problema ocorre ainda antes mesmo da chegada do lixo às estações. Durante o percurso todo esse material pode obstruir a rede de esgoto e até mesmo rompe-la, causando os desagradáveis extravasamentos de esgoto. Além do lixo, dois itens frequentemente descartados nos ralos são os grandes vilões dos entupimentos das tubulações nos imóveis, as sobras de óleo e os fios de cabelo quando acumulados criam uma espécie de barreira impedindo o fluxo natural do esgoto.
Para prevenir os entupimentos, a Compesa realiza manutenções periódicas nas redes existentes, com o uso de tecnologias que desobstruem a passagem do esgoto. Com as frequentes intervenções foi possível diminuir a incidência de extravasamento em vias públicas e o contato da população com esgoto a céu aberto.
O diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barretto, explica que a população pode contribuir usando adequadamente a rede. “As dicas são simples, qualquer tipo de embalagem, materiais sólidos, óleo ou fio de cabelo não devem ser descartados no esgoto. O fio de cabelo, por exemplo, acumula e forma uma espécie de novelo, entupindo a tubulação da residência, um problema que pode ser evitado. Basta jogar lixo no lixo”, reforça.
O Programa Cidade Saneada, parceria entre a Odebrecht Ambiental e a Compesa, foi a solução encontrada pelo Governo de Pernambuco para avançar nos serviços de esgoto. As metas incluem a recuperação de redes e estações existentes e a ampliação do acesso da população à coleta e tratamento do esgoto. Para isso, serão investidos cerca de R$ 4,5 milhões no atendimento de 3,7 milhões de pessoas das 15 cidades contempladas no programa.
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