Uma briga entre um casal de soldados da Polícia Militar terminou em tragédia na manhã desta sexta-feira (30). Os PMs Ana Gleides Santos de Sousa, 44 anos, e Maurício Cruz de Souza, 43, eram casados e moravam no bairro de Mussurunga, em Salvador. De acordo com informações da 49ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/São Cristóvão), o caso aconteceu por volta das 7h30, dentro de uma casa caminho 51, setor L, em Mussurunga II.
Ainda segundo a companhia, os policiais haviam terminado o relacionamento recentemente, mas o fato ainda era motivo de briga entre os dois. Após a separação, segundo os vizinhos, ele passou a morar no térreo e ela, no 1º andar.
A polícia acredita que Maurício tenha matado a tiros a ex-companheira e se suicidado em seguida. Vizinhos relatam que ouviram quatro tiros em sequência e depois mais um. Em toda a casa, só foi encontrada uma pistola calibre .40.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou que o corpo de Ana Gleides foi encontrado na porta do quarto da casa em que ela morava, atingido por, provavelmente, cinco tiros. Segundo o perito Jair Gomes, o corpo apresenta três ou quatro perfurações na cabeça, duas nas costas, uma no queixo, uma no ouvido e outra no antebraço - a quantidade de perfurações é maior do que a de tiros porque as balas provocam lesões de entrada e saída. O DPT informou que não havia sinais de briga no apartamento.
Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte dos soldados. De acordo com o Departamento de Comunicação da PM, Ana Gleides atuava no Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) e Maurício era lotado no Batalhão de Polícia de Guardas.
Investigação
De acordo com os vizinhos, que ouviram a confusão e chamaram o irmão dele para ir até o local, os PMs eram casados há mais de cinco anos. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) chegou ao local às 9h45. Alguns colegas de trabalho do casal estiveram na casa. Equipes da 49ª CIPM e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram encaminhadas ao local. De acordo com a delegada Vera Nice, que está de plantão no DHPP, será a PM que investigará o caso.
Correio da Bahia
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