Terremoto de 8,3 graus abala o Chile, com alerta de tsunami; cidades brasileiras sentem reflexos do tremor

Em Guaralhos (SP), moradores de condomínio deixaram suas casas após tremor

Após o terremoto de magnitude 8,3 que teve epicentro registrado no Chile, diversas cidades brasileiras sentiram reflexos dos abalos no continente na noite desta quarta (16).

A Defesa Civil de São Paulo informou que recebeu chamadas de moradores das regiões da avenida Paulista, da zona Norte e da zona Leste da capital com queixas de tremores de baixa intensidade. A unidade da Universidade Anhembi Morumbi, localizada na Paulista, dispensou os alunos por volta das 20h15.

O Corpo de Bombeiros recebeu mais de 50 ligações, principalmente dos bairros Tatuapé e Vila Mariana, na zona sul, e também das cidades vizinhas de Guarulhos e Osasco. Ainda não há registro de feridos.

Diversos internautas relataram nas redes sociais que também sentiram um leve tremor. Há relatos na capital paulista, Santos, Campinas, Belém, São Luís e Pouso Alegre (MG).

O técnico em sismologia da USP (Universidade de São Paulo) José Roberto Barbosa afirmou que é "absolutamente normal" que as ondas causadas por terremotos em bordas de placas tectônicas, como o que atingiu o Chile, venham a ser percebidas principalmente por quem está em prédios mais altos, quando estas ondas se dissipam na superfície. Mas, segundo ele, isto ocorre dezenas de vezes em um dia.

Chile e Argentina

O terremoto de magnitude 8,3 atingiu o Chile na noite desta quarta. O tremor ocorreu no mar, a 11 quilômetros de profundidade, às 19h54 (hora local). O país também recebeu um alerta para tsunami.

O epicentro fica a 71 quilômetros da cidade de Illapel, na Província de Choapa, localizada no Norte de Santiago, capital do país, onde vivem cinco milhões de habitantes.

Na Argentina, internautas relataram tremores nas cidades de Santa Fé, Mendoza e Buenos Aires. 

UOL Notícias