Durante Assembleia Geral, na noite de ontem (25), trabalhadores do setor metalúrgico decidiram, por unanimidade, não aceitar a proposta de reajuste apresentada pela classe patronal e entrar em estado de greve. O Sindicato dos Metalúrgicos (SindMetal) tem uma reunião agendada com o Ministério Publico (MP), na segunda semana de outubro, para solicitar que o órgão faça a mediação da Campanha Salarial deste ano, já que não houve acordo entre as partes, mesmo após sete rodadas de negociação.
Até que sejam realizados novos diálogos com os patrões, o SindMetal estará realizando diversas mobilizações nas portas das fábricas, com o objetivo de orientar os trabalhadores sobre os seus direitos e também de preparar a categoria para uma possível greve, já aprovada durante a Assembleia, caso não ocorram avanços, mesmo com a intervenção do MP.
“Não podemos tolerar que os patrões utilizem como argumento a atual conjuntura do país, para negar ao trabalhador um reajuste digno. Sabemos que o Brasil vivencia desafios econômicos e políticos, mas as fábricas continuam produzindo e vendendo. Não vamos desistir! Vamos continuar lutando! Se for preciso, vamos parar as máquinas e fechar rodovias, para mostrar aos empresários e à sociedade que merecemos respeito”, afirma o presidente do SindMetal, Henrique Gomes.
A insatisfação da categoria decorre do fato de os patrões oferecerem 8% de reajuste, dividido em duas vezes (set/2015 e jan/2016), para quem recebe o piso; e R$ 280,00, também em duas vezes, para quem recebe acima do piso. A proposta dos trabalhadores é de 13% e 11%, respectivamente. A Campanha Salarial dos Metalúrgicos foi iniciada oficialmente no mês de julho.
Ascom Campanha
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