As decisões foram tomadas na sede do Sinpol/PE, em Santo Amaro, Região Central do Recife, em assembleia convocada para que a categoria autorizasse a diretoria a iniciar visitas às delegacias para articular a adesão aos atos. Segundo Áureo Cisneiros, 450 agentes e escrivães participaram das deliberações, incluindo cerca de 50 do Interior, oriundos de Afogados da Ingazeira, Araripina, Caruaru, Floresta, Garanhuns, Goiana, Palmares e Santa Cruz do Capibaribe.
Ainda segundo o presidente do Sinpol/PE, a idéia é ampliar o movimento de entrega dos postos do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). Isso, mesmo diante da pressão para agentes e escrivães continuarem “vendendo suas folgas por um quarto (25%) do valor normal”, em vez de receberem como horas extras, que na iniciativa privada são pagas com acréscimo de pelo menos 50% sobre o valor da hora normal. “Não vamos mais aceitar essa exploração”, disse Áureo Cisneiros, acrescentando que agentes e escrivães também não recebem adicional noturno.
Para Áureo Cisneiros toda a mobilização tem levado o Governo de Pernambuco a realizar uma perseguição, desde a anotação de mais de 200 faltas contra agentes e escrivães que participam dos atos, mesmo estando em férias, até a abertura arbitrária de processos administrativos. O Sinpol/PE reage com ações judiciais como a de pedido de interdição da 3ª Delegacia de Plantão de Caruaru, denúncias ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), denúncias públicas da perseguição como a realizada em audiência pública na Assembleia Legislativas de Pernambuco (Alepe), e, agora, contra o comando e a Corregedoria da SDS e a chefia da Polícia Civil. Além disso, a exposição pública da insegurança, repetindo em outro ponto forte do turismo de Pernambuco a fixação de milhares de cruzes representando os assassinatos, como a realizada em Boa Viagem, no mês passado.
Diário de Pernambuco
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