Urso polar desnutrido (Foto: Reprodução/Kerstin Langenberger)
A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa, a sigla em inglês) anunciou nessa segunda-feira (31) que vai estudar os efeitos ambientais e sociais das mudanças climáticas no Alasca e Noroeste do Canadá, regiões banhadas pelo Oceano Ártico e afetadas pelo degelo dos glaciais. O projeto denominado Above - Arctic Boreal Vulnerability Experiment - vai reunir dados coletados pela Nasa ao longo de vários anos, por meios de satélite, e calcular os efeitos climáticos em uma área de 6,4 milhões de quilômetros.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursou em uma conferência sobre os impactos das mudanças climáticas para os glaciais no estado do Alasca e defendeu que medidas sejam tomadas para reduzir o impacto dessas mudanças na região.
O programa da Nasa terá três fases e dois estágios de investigação. O objetivo é medir o impacto das mudanças na região do Ártico para a fauna e a flora e para a população local. No texto publicado em sua página, a Nasa diz ter material coletado para estudo. "Os bosques boreais e a tundra [presentes no ecossistema ártico] são fundamentais para compreender o impacto das mudanças do clima na Terra", acrescenta o texto.
Nas fases do estudo será investigado o impacto dos incêndios florestais nos ecossistemas da região, onde mais de 5 milhões de acres (2 milhões de hectares) no Alasca e 9,7 milhões de acres (4 milhões de hectares) no Canadá foram queimados. Também será estudado o alcance do descongelamento dos chamados permafrost - terrenos que estiveram congelados por milhares de anos e agora apresentam composição de matéria orgânica e plantas.
"A vegetação e o carbono congelados no solo apodrecem e liberam metano e dióxido de carbono na atmosfera, o que aumenta o efeito estufa e produz a continuidade do ciclo, mais descongelamento e mais liberação de gases na atmosfera".
O estudo sobre o impacto na vida silvestre do Alasca e do Canadá vai abordar ainda mudanças no habitat e movimentos migratórios de animais da região.
Agência Brasil
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