Formatura de turma piloto em Belo Horizonte, desenvolvida pelo Sebrae, reforça importância de nova modalidade de qualificação profissional
Brasília, 1º – “Somos importantes, somos parte fundamental deste país”, afirmou o orador Glauco Reis durante a formatura no curso de Microempreendedorismo Individual do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em Belo Horizonte, no mês passado. Reis é eletricista e Microempreendedor Individual (MEI). Ele foi um dos 25 participantes da turma piloto para fortalecimento de MEIs realizado pelo Sebrae Nacional, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
O objetivo do governo federal é fortalecer 100 mil microempreendedores individuais de baixa renda até o final de 2018. “Muitos tiveram que aprender na vida uma profissão para sobreviver, mas tinham que trabalhar de manhã, à tarde e à noite para sustentar a família. Estamos falando de pessoas que não tiveram oportunidade, mas que exercem bem a profissão e são empreendedores individuais, mas precisavam de maior noção de gestão”, explica o diretor de Inclusão Produtiva do MDS, Luiz Muller. Dos 5 milhões de MEI formalizados no país, 525 mil são beneficiários do Bolsa Família.
Durante dois meses, microempreendedores de baixa renda que são beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, aprenderam a gerir melhor os seus negócios. Wendell Lúcio Marcos de Souza, 41 anos, é designer gráfico, têm três filhos e a esposa, Flávia Carolina Martins de Souza, é beneficiária do Bolsa Família. Ele já foi servente de pedreiro, segurança, vendedor, dublador, técnico em manutenção de computadores, entre outros serviços, mas não conseguia se fixar em um trabalho.
O curso do Pronatec que acabou de concluir o ensinou a focar em uma atividade e a fazer gestão financeira das contas pessoais e dos serviços gráficos que presta no comércio. “Daqui para frente meu negócio vai se desenvolver bastante. Eu tinha a visão fechada de que eu tinha que fazer de tudo para que ele crescesse. Mas não via que eu tinha que fazer parcerias. Fiz muitos parceiros, 80% do serviço gráfico que fiz neste mês vieram deste curso”, aponta Wendell.
De acordo com a gerente da Unidade de Capacitação Empresarial do Sebrae Nacional, Mirella Malvestiti, o grande desafio foi fazer um curso mais longo para um público de menor escolaridade e baixa renda. “Fizemos uma formação na área de gestão para que eles consigam ter negócios com mais chance de crescer e ter sucesso. Procuramos criar um ambiente de acolhida com um bom conteúdo técnico, bons professores, mas acima de tudo, com a preocupação deles estarem aprendendo e fazendo diferença na vida deles.”
Ascom MDS
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