sexta-feira, setembro 18, 2015

Humberto pede convocação do presidente da Federação Paranaense de Futebol

Hélio Cury

Membro da CPI do Futebol do Senado, o líder do PT, Humberto Costa (PE), apresentou requerimento, nesta semana, pedindo a convocação do presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Pereira Cury. O dirigente é réu em ação cível que classifica como temerária a sua administração à frente do futebol do Estado. A CPI deve votar o requerimento na sessão da próxima terça-feira.

“A atual direção da Federação consta como parte acusada de gestão financeira temerária em processo que tramita na Vara Cível do Paraná. Já há, inclusive, condenação, que poderia gerar o afastamento e inelegibilidade do presidente da entidade”, afirma Humberto. São autores da ação contra a Federação o Clube Atlético Paranaense e o Coritiba Foot Ball Club.

A entidade é responsável pela gestão administrativa e financeira dos campeonatos locais e nacionais no Paraná, recebe doações mensais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tem direito a voto para a eleição dos dirigentes da instituição e foi uma das responsáveis por administrar uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, Curitiba.

De acordo com o senador, a Justiça declarou que “há necessidade de verificação das irregularidades apontadas, em razão de haver receio de que venha a tornar-se inviável a sua realização em momento posterior”.

“A juíza do caso já determinou a imediata realização de auditoria contábil, administrativa e financeira na Federação Paranaense de Futebol, no período da gestão do réu, a ser realizada no prazo de 45 dias”, ressaltou o parlamentar.

Para Humberto, é urgente que a CPI do Senado ouça o réu sobre a existência de documentos, no rol do processo, que podem demonstrar eventuais doações vultosas e mensais da CBF em favor da entidade paranaense.

“Esses valores podem significar uma fidelização para obtenção de votos nas eleições e aprovação das contas da CBF”, acredita o senador. “Nada mais pertinente ao papel dos parlamentares da CPI que se debrucem sobre o que tem a dizer o dirigente a respeito da sua gestão e atos de administração suspeitos”, analisa.

Ascom Senador Humberto Costa

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