Senador Aécio Neves foi citado na acareação (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Segundo os dois delatores da Operação Lava Jato, o ex-presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) estariam entre os beneficiários do desvio de recursos.
Costa e Youssef disseram que Sérgio Guerra recebeu R$ 10 milhões para “abafar” uma CPI para investigar irregularidades na Petrobras,em 2009. Segundo Youssef, o dinheiro foi pago pela empreiteira Camargo Correa, uma das investigadas pela Lava Jato.
Youssef voltou a afirmar que Aécio Neves recebeu recursos desviados de Furnas quando ainda era deputado federal. Segundo o doleiro, o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010 e condenado no processo do mensalão, contou que operava um esquema de corrupção dentro de Furnas e que Aécio seria um dos beneficiários. “Eu confirmou (a participação) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre”, disse Youssef, que também fez essas mesmas declarações ao Ministério Público durante as investigações da Lava Jato. De acordo com Youssef, Aécio recebia o dinheiro “através de sua irmã”.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento da investigação envolvendo Aécio.
Em relação ao PT, Youssef disse que a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinham conhecimento do esquema de desvios de recursos públicos da Petrobras. Ambos negam.
Costa reafirmou ainda ter participado da arrecadação de caixa dois para a campanha à reeleição em 2010 do então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Segundo o ex-diretor foi levantado R$ 30 milhões junto a empresas. O ex-diretor confirmou também o repasse de recursos do esquema à ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA), e aos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Valdir Raupp (PMDB-RO). Todos eles negam.
Gleisi na mira da Justiça
Despacho enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo juiz federal Sergio Moro aponta que as investigações da Operação Lava Jato identificaram “indícios de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) seria beneficiária de valores de possível natureza criminosa”, recebendo “pagamentos sem causa”. Os pagamentos suspeitos foram feitos a motorista da petista. A senadora teria sido beneficiária do chamado “Fundo Consist”, empresa que teria atuado no desvio de recursos de empréstimos consignados do Ministério do Planejamento – que era comandado pelo marido da senadora, o ex-ministro Paulo Bernardo.
Pelo menos R$ 50 mil desse fundo em pagamentos do esquema teriam sido repassados também em favor da congressista e de pessoas ligadas a ela, além do ex-ministro.
Os indícios foram encontrados em documentos apreendidos no escritório de Guilherme Gonçalves, advogado de Gleisi, em Curitiba, no dia 13 de agosto, durante a Operação Pixuleco II. Uma planilha, de fevereiro de 2015, mostra um crédito de R$ 50.078,00 em favor da senadora e de pessoas ligadas a petista
.O Dia-RJ
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