Alexandre Sertão e seu pai, Antonio do Doce, falecido há dois anos (Foto: Alexandre Sertão)
Muitas vezes passamos muito tempo
Para descobrir o valor de um alguém
E que esse valor, torna esse ser, especial!
Em nossa vida, no dia a dia, na nossa existência,
Quando descobrimos a devida e merecida importância.
Somado a isso, descobre-se o quanto é prazeroso
Viver esse sentimento, que nos fortalece, nos deixa perto,
E quando distante, nos faz sentir saudades.
Exatamente hoje, faz 2 anos e 3 meses
Que o meu saudoso pai partiu,
Que encerrou-se seu ciclo nesse mundo
Eu não descobri o seu valor em minha vida, de forma tardia
Fomos criados separados,
Mas sempre eu buscava a presença dele
Confesso, não éramos grandes amigos,
Mas éramos verdadeiros amigos!
E na amizade o que prevalece é a verdade.
Nos seus últimos dias de vida, de forma frágil,
Calado, sorrindo pouco, triste
Percebi ali, que eu me tornara seu pai!
Pois meu pai precisava de mim
Da minha força, do meu contato
Da minha presença masculina de filho
Porém de minhas atitudes e carinho de pai
E eu tentei ser esse pai, sei que em alguns momentos falhei
Não fui o super herói que ele precisava,
Eu não tinha o super poderes de restaurar a sua saúde
Nem manter a sua vida nesse mundo
Não cabia a mim, esse poder. Só a Deus!
Mas fiz o que naquele momento pude, ou tive forças,
Meu pai não me disse nada, eu em silencio fiquei
E no momento de sua morte, no meus braços
Eu e o meu pai, “pais e filhos”, Morreram juntos!
Foi uma despedida em silencio
Ele foi, eu continuo aqui!
Com a missão de continuar sendo filho,
E mais ainda, de continuar sendo pai
Pois tenho duas filhas, uma esposa, uma mãe
E tantos amigos, e pessoas que precisam de mim,
Como um pai!
Confesso: É muito bom ser pai!
Alexandre Sertão
09.08.2015
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