O percentual de cura tem se mantido estável ao longo dos anos, com mais de 80% dos casos registrados em Pernambuco. Em 2012, foram 2.561 casos novos na detecção geral, com 82,3% de cura. E em 2013, o número de casos novos chegou a 2.604, com cura atingida de 81,2%. "Temos um trabalho interessante para mostrar. Além de sermos o primeiro estado brasileiro a desenvolver um programa específico para enfrentamento dessas doenças, estamos alcançando metas para reduzir a doença transmissível. Nossa metodologia servirá de exemplo para que seja colocada em prática em outros locais endêmicos", comentou o coordenador do Programa Sanar, Alexandre Menezes. Em 2010 foram examinados 63% dos contatos de todos os casos e em 2014, esse percentual aumentou para 75%.
A doença é representada por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com alteração da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Os sintomas estão relacionados ao comprometimento do nervo, podendo afetar a força muscular, a marcha (caminhar), entre outras, e até provocar deformidades físicas. O tratamento é gratuito, padronizado pela OMS e MS. É realizada nos postos de saúde, necessitando que o paciente compareça à unidade uma vez por mês para tomar a medicação (dose supervisionada). O Hospital Otávio de Freitas (HOF), no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, e o Hospital Geral da Mirueira, em Paulista, são referências secundárias estaduais no atendimento aos pacientes de hanseníase em Pernambuco. O Imip é a referência terciária. Se não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.
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