Humberto Costa (Foto: Alessandro Dantas/Liderança do PT no Senado)
Segundo Humberto, a mudança de conjuntura no país, com o início de uma grande concertação nacional em favor do desenvolvimento da nação apoiada “por todos os setores mais responsáveis da sociedade” e com a inauguração de uma agenda positiva para a população, fez bater um enorme desespero entre os tucanos.
“É o desespero de ter perdido quatro eleições presidenciais consecutivas e de ver se esvair a oportunidade que julgavam ideal para golpear a democracia brasileira, impedir uma presidenta legitimamente eleita de governar e chegar ao poder pela contramão da história”, afirmou.
De acordo com o senador, o nervosismo da oposição aumentou depois que os seus líderes viram a redução do número de participantes nas manifestações do último domingo – mesmo com todo o dinheiro que irrigou os protestos e o apoio prestado por eles, que viajaram o país tentando inflamar a população.
“O lexotan parece ter acabado em Higienópolis. Só pode ser essa a justificativa para a escalada de ansiedade e agitação inaugurada esta semana nesse ninho tucano onde não se choca outra coisa que não o ovo da serpente”, disparou Humberto.
No discurso, o parlamentar ressaltou a legitimidade dos protestos contra o Governo, assim como a sua legalidade. Para o líder do PT, eles merecer ser recepcionados e ter todo o reconhecimento de um Estado democrático de Direito, como o brasileiro.
“Mas as manifestações menores do que as de 15 de março demonstram que os brasileiros verdadeiramente insatisfeitos, que não estão alinhados a partidos de oposição, entenderam que os ventos estão mudando e resolveram se somar aos esforços para tirar o país da crise, em vez de empacarem nas ruas”, disse.
Na avaliação do líder do PT no Senado, os brasileiros insatisfeitos querem mudanças no governo e no Brasil, mas rechaçam o golpismo, o impeachment e qualquer saída que flerte com a ruptura da ordem democrática. “Os brasileiros insatisfeitos com a atual conjuntura querem saídas sérias para a crise. Não querem agravá-la”, acredita.
FHC - O senador criticou o pedido de renúncia da presidenta Dilma Rousseff feito por Fernando Henrique Cardoso, e seguido depois por outros tucanos, e disse que o PSDB caminha contra o país. “Eles são, realmente, o maior partido de oposição ao Brasil, como bem disse, em ato falho, o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves”, ironizou Humberto.
Para Humberto, o posicionamento do ex-presidente, expressado em rede social, "não há de ser nada". "Fernando Henrique já nos disse uma vez que esquecêssemos tudo o que ele escreveu. Pois essa nota será mais uma entre as tantas obras do ex-presidente que os brasileiros mandarão solenemente para o esquecimento", afirmou.
O líder do PT citou nominalmente as muitas entidades políticas, econômicas e sociais que têm pedido altivez e responsabilidade de todos para trabalhar a fim de manter o país nos trilhos – ao contrário da postura do PSDB, que aposta na tese do “quanto pior, melhor”.
Entre as instituições estão as duas maiores federações de indústrias brasileiras, a Fiesp e a Firjan, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as Confederações Nacional da Indústria (CNI), dos Transportes (CNT) e da Saúde (CNS). Grandes jornais no Brasil e no exterior, como o americano New York Times, também já se posicionaram contra o impeachment de Dilma.
“Não adianta querer travestir de legalidade o que fica evidente para todos – no Brasil e no exterior – como um vergonhoso golpe que se quer aplicar à nossa democracia”, comentou. “Em razão disso, quero externar o meu repúdio a essa nova quartelada do PSDB, que – tenho certeza – deve envergonhar muita gente da boa cepa do partido”, concluiu Humberto.
Os movimentos sociais, sindicais e juvenis estão mobilizados para realizar amanhã, quinta-feira, manifestação em todo o país em defesa da democracia e por mais conquistas sociais.
Assessoria de Imprensa Senador Humberto Costa
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