As mais simples serão classificadas como de “capital e empréstimo”. Essas cooperativas não poderão fazer captação de depósitos, nem realizar operações com ouro, relacionadas à variação cambial ou de preços de mercadorias, por exemplo.
As “clássicas” poderão captar recursos de depósitos, mas não poderão fazer operações complexas, como as vetadas cooperativas de capital e empréstimo. As plenas poderão praticar todas as operações autorizadas às cooperativas de crédito.
O Banco Central (BC) fará a classificação inicial das cooperativas, que terão 90 dias para indicar se concordam com a classificação ou se querem solicitar mudança de categoria. Também serão feitas novas exigências de capital e patrimônio, de acordo com as categorias de cada uma delas, que terão três anos para se adaptarem.
Segundo o presidente do BC, Alexandre Tombini, a mudança foi bem recebida pelo setor, porque a segmentação será adequada ao perfil de risco das cooperativas. “Essa é, além de uma providência de racionalização muito aguardada, um marco notável na história das cooperativas de crédito no Brasil”, disse Tombini, durante o seminário Novo Ciclo do Cooperativismo de Crédito no Brasil, realizado hoje (5), na sede do banco, em Brasília.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que também participou da abertura do seminário, disse que a nova classificação aumenta a segurança do sistema e pode reduzir custos, uma vez que as cooperativas serão acompanhadas de acordo com o tamanho do risco de suas operações.
A chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, Silvia Marques de Brito e Silva, disse que a nova classificação vai permitir melhor acompanhamento e controle das cooperativas. Além disso, ela citou que, anteriormente, as mesmas exigências eram feitas a cooperativas com características diferentes. “Teremos um acompanhamento mais adequado, mais sistemático, porque vai levar em conta o risco”, disse.
Agência Brasil
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