Em carta enviada às 209 federações filiadas à Fifa, publicada no site oficial da Uefa, o ex-jogador de futebol francês disse que quer voltar a ter uma Fifa “respeitada, amada e popular”, depois do escândalo de corrupção que atingiu, nos últimos meses, o organismo que rege o futebol mundial e que levou à renúncia do suíço Joseph Blatter, no cargo desde 1998.
"Conto com seu apoio e com a paixão que partilhamos pelo futebol para que, em conjunto, possamos oferecer às dezenas de milhões de adeptos apaixonados pelo nosso esporte a Fifa que ambicionam: uma Fifa exemplar, unida e solidária; uma Fifa respeitada, amada e popular”, escreveu Platini.
Presidente da Uefa desde 2007 e membro do Comitê Executivo da Fifa desde 2002, o dirigente francês prometeu “reunir o planeta do futebol, dando voz a todos e respeitando a diversidade desse esporte no mundo inteiro”, e assim “devolver à Fifa o lugar e a dignidade que ela merece”.
No comunicado, Platini diz que, durante quase meio século, a Fifa só teve dois presidentes e que considera paradoxal essa "extrema estabilidade", em um mundo que sofreu mudanças radicais e em um desporto que assistiu a uma transformação econômica considerável. "Mas os recentes acontecimentos obrigam a organização que tutela o futebol mundial a se reformar e a repensar sua governança."
Platini, de 60 anos, explica que sua candidatura à presidência da Fifa é uma decisão muito pessoal, cuidadosamente ponderada, que implicou uma avaliação do futuro do futebol e de seu próprio percurso. "E é igualmente consequência das calorosas manifestações de estima, apoio e incentivo que muitos de vocês me demonstraram”, acrescenta.
O prazo para apresentação de candidaturas à presidência da Fifa termina em 26 de outubro. A eleição ocorrerá no congresso extraordinário da entidade, marcado para 26 de fevereiro do ano que vem, em Zurique, na Suíça.
A Fifa foi atingida no final de maio por um escândalo de corrupção que levou Joseph Blatter a apresentar a demissão. O escândalo surgiu quando, em 27 de maio, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da Fifa, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos. O caso envolve subornos no valor de US$ 151 milhões.
A acusação surgiu depois que o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça detiveram sete membros da Fifa em um hotel de Zurique.
Dois dias depois, apesar do escândalo, Joseph Blatter, de 79 anos, foi reeleito para o quinto mandato à frente da Fifa, mas anunciou sua demissão quatro dias depois.
Agência Lusa/Agência Brasil
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