Charge: Alves em Blog Painel da Folha de S. Paulo
Óleo na fogueira“Se a situação do Planalto já era duríssima no Congresso, a operação Politeia tornou ainda mais frágeis as condições de governabilidade de Dilma Rousseff. Aliados de PTB, PP e PSB, que ainda garantiam votos em projetos prioritários à equipe econômica, foram atingidos pelas buscas e estão nervosos. O PMDB, até aqui livre das diligências, já sabe que será o próximo da lista e promete dar o troco. A confusão é tanta que um policial apelidou a ação de "Politeia desvairada” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Paternidade
“A tradicional disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público contaminou até a escolha do nome da operação. O procurador-geral, Rodrigo Janot, queria "Adsumus" (aqui estamos). Prevaleceu a ideia dos federais, uma alusão à cidade de Platão onde a ética se sobrepõe à corrupção” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Madrugou
“Janot, a propósito, apareceu de surpresa, às 4h da manhã, na reunião de trabalho que organizava detalhes dos mandados de busca. Quem estava presente entendeu o gesto como uma tentativa de marcar posição na liderança do caso” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Piores dias...
"Preparem-se porque as coisas vão ficar piores" - Lula, ex-presidente da República - O Estado de S. Paulo, 15-07-2015.
Agenda
"Você não tem que ficar falando de Lava Jato. Você tem de governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal"- Lula, ex-presidente da República - O Estado de S. Paulo, 15-07-2015.
“Vete, Dilma!”
“Presidente Dilma, enfrente o "panelaço" que lhe cabe! Não sofra calada à desresponsabilização do Legislativo e do Judiciário no aumento das despesas. Vete os gastos propostos de quase R$ 80 bilhões nos próximos três anos, que nas últimas semanas foram postos no seu caminho. E vá à televisão mostrar à sociedade, com clareza, que, para desgastá-la, alguns oportunistas recusam os caminhos institucionais e ensaiam jogar o Brasil no caos financeiro” –Antonio Delfim Netto, economista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
“E atenção! Saiu o novo apelido do Congresso Nacional: DEUS NOS ACUNHA! Rarará! O Deus Nos Acunha quer transformar o Brasil numa Jesuslândia modelo russo.Um aiatolá evangélico! Medo! Pânico! Deus nos Acunha!” – José Simão, humorista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Garra
“E diz que o Cunha, apesar de ser um Cunha, não tem unha, tem garra!”– José Simão, humorista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Barco furado
“O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) joga um balde de gelo na ideia de que o PSDB poderia participar de eventual governo de coalizão do vice-presidente Michel Temer em caso de afastamento de Dilma Rousseff da Presidência. O poder, reafirma ele, só deve ser conquistado pelas urnas” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Para trás
“Alckmin, que repete que qualquer solução para a crise passa pela Constituição, analisa que a participação do PSDB num governo de coalizão com o PMDB só teria um beneficiado -o próprio PMDB. Temer, em caso de sucesso, dificilmente abriria mão de ser candidato à Presidência em 2018, deixando os tucanos a reboque” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Doce ilusão
“Por esse raciocínio, seria ilusão pensar que um governo Temer repetiria a Presidência de Itamar Franco -que nomeou Fernando Henrique Cardoso ministro da Fazenda e pavimentou o caminho do PSDB ao poder. Para tucanos que sonham com essa alternativa, Temer daria o comando da economia ao senador José Serra, que teria então visibilidade para concorrer à Presidência” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Tô fora
"E Temer almoçou com Delfim Netto na sexta, no Gero, em SP. Reafirmou o tempo todo que está fora de qualquer operação para derrubar Dilma. E opinou que o país, em caso de afastamento dela, poderia ficar ingovernável" –Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 15-07-2015.
Frei Edson
“Para quem persegue charadas, o papelório (lote de 538 documentos liberados pelo governo americano durante a passagem de Dilma por Washington) joga luz numa. Em novembro de 1969, quando Carlos Marighella foi morto em São Paulo indo ao encontro de dois freis, o consulado americano lembrou a Washington que sua conexão com os dominicanos do convento de Perdizes já havia sido exposta num telegrama de dezembro em 1968. De fato, há décadas sabia-se que houve um contato do consulado com "frei (dezoito batidas censuradas)". Ilustrando a incompetência da polícia, ele contara que Marighella estivera no convento, localizado nas cercanias do DOPS. Essas dezoito batidas parecem ter sido desvendadas. Outro telegrama, transmitido três dias depois da morte de Marighella e liberado agora, identifica o religioso da conversa de 1968 como "frei Edson Maria Braga" (dezessete batidas). À época havia um frei Edson em Perdizes, mas seu nome completo era Edson Braga de Souza. Era o prior do convento” – Elio Gaspari, jornalista – Correio do Povo, 15-07-2015.
Fonte: IHU Online
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