Ilustrativa
Jovem teria injetado substância de uso animal em dançarinas que deram entrada em hospital da cidade com complicações de saúde
Bruno Henrique foi encontrado em sua residência por policiais civis e militares, pertencentes à 24ª Área Integrada de Segurança Pública (AISP), que é comanda pelo delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), e o tenente-coronel Joaz Fontes, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Na moradia, os policiais realizaram buscas por produtos anabolizantes, mas nada foi encontrado. Mesmo assim, como havia uma ordem de prisão, o acusado foi detido e levado para a sede da 1ª-DRP, onde ficou recluso para responder criminalmente por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Segundo o delegado Rodrigo Cavalcanti, o jovem vinha sendo investigado, desde maio deste ano, quando duas dançarinas com nomes não divulgados deram entrada no hospital da cidade com estado de saúde grave, por causa da aplicação de anabolizantes. Durante atendimento, uma das vítimas teria confessado para o médico que a atendeu que havia aplicado nas nádegas e penas substâncias identificadas como Durateston e Potenay.
Durateston se trata de um anabolizante que tem em sua fórmula testosterona que proporciona um rápido aumento de massa muscular e ganho de força, mas que pode causar vários efeitos colaterais. O Potenay também é uma droga, que é recomendada para cavalos com quadros de anemia e não tem nenhuma indicação para uso humano. Apesar da contraindicação, muitas pessoas insistem em utilizar os referidos produtos com a intenção de redifinir os corpos.
Conforme Rodrigo Cavalcanti, mais de oito vítimas já foram identificadas por terem sido hospitalizadas com complicações de saúde, sendo que três delas tiveram que ser transferidas em estado grave para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, onde estão internadas, correndo o risco de ficarem com sequelas.
Ainda de acordo com o delegado, a investigação apontou que Bruno Henrique cobrava R$ 70,00 por cada aplicação dos anabolizantes nas vítimas que eram ameaças por ele para não o denunciarem pela prática. Foi apurado também que além de injetar as substâncias, o acusado também comercializava as mesmas, inclusive com algumas das vítimas foi encontrado um tônico muscular para equinos, conhecido como ADE.
Rodrigo Cavalcanti acredita que outras pessoas estejam envolvidas com o acusado e que podem ser presas até que o inquérito seja concluído. O delegado adiantou que além desse crime, que foi tipificado como hediondo, por ter causado grande clamor na sociedade, Bruno Henrique já foi preso durante uma operação, em março deste ano, suspeito de latrocínio, que é roubo seguido de morte.
Toda a ação foi coordenada por Rodrigo Cavalcanti e o tenente-coronel Joaz Fontes, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sediado no município. Além de policiais civis da 1ª-DRP, coordenados pelo chefe de operações Carlos Ângelo, participaram da ação militares do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e Companhia de Operações Policiais Especiais do Sertão (Copes), comandados pelo tenente Tomé.
Por Jota Silva/Minuto Sertão
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