Em resposta a uma questão feita pelo apresentador do programa da TeleSur, se é “normal” um grupo de senadores ir a outro país supostamente “defender a democracia”, Morais foi taxativo. “É importante tranquilizar os venezuelanos e sobretudo os telespectadores latino-americanos que esta provocação que foi feita hoje contra a Venezuela não é um problema venezuelano, é um problema brasileiro”, analisou.
Segundo Morais, os parlamentares estariam buscando visibilidade nos meios de comunicação brasileiros por terem perdido o protagonismo ao serem derrotados nas eleições presidenciais de 2014. Ele também demonstrou estranhamento com o súbito interesse do senador Aécio Neves (PSDB-MG) com a política externa.
“Em oito anos como deputado federal, um deles como presidente da Câmara, oito anos como senador, oito anos como governador de Minas, [Aécio Neves] nunca abriu a boca para defender direitos humanos em parte alguma do planeta. Nunca falou sobre a prisão de Guantánamo, onde estão quase 900 afegãos e iraquianos, há 13 anos, sem nenhum processo judicial e submetidos a torturas brutais”, questionou.
“O que se vê é uma provocação política. Não sou do PT, do partido que está no governo, não estou aqui por uma questão partidária, mas para denunciar uma provocação diplomática de um grupo de senadores de direita contra a Venezuela”, disse. “Esta visita é uma provocação política não apenas contra a Venezuela, mas contra o governo do Brasil. Aécio disse muito claramente ‘estamos fazendo aquilo que não fez o governo brasileiro’. Ele tem que por na cabeça que perdeu as eleições, a política externa brasileira quem determina é a presidenta da República, Dilma Rousseff.”
Revista Fórum
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