“Foi uma discussão inicial em que pudemos ouvir os diversos interlocutores e mapear a realidade e os caminhos que poderíamos seguir no futuro para atingir esse fim de ampliar a conectividade, o serviço de banda larga com mais qualidade nas escolas públicas do Brasil”, disse o subsecretário de Ações Estratégicas, Daniel Vargas.
Um dos pontos levantados foi a importância de se identificarem as experiências exitosas já aplicadas no país. Também foram discutidas a velocidade da internet oferecida e a necessidade de escolher entre estabelecer uma única tecnologia de acesso à internet para todas as unidades federativas ou possibilitar que cada estado, a partir de sua realidade, escolha a infraestrutura mais adequada para atingir metas estabelecidas nacionalmente.
“O objetivo [dessa proposta] não é estabelecer uma tecnologia, uma infraestrutura básica e uniforme para todo o país, mas estabelecer uma meta nacional de acesso à banda larga de alta velocidade e garantir alguma flexibilidade para estados e municípios adaptarem as diversas infraestruturas disponíveis ou criarem infraestruturas novas”, ressalta Vargas. Ele afirma que esses pontos ainda serão debatidos em outros encontros.
Diogo Moyses, especialista em telecomunicações e consultor da Fundação Lemann, uma organização sem fins lucrativos voltada para a melhoria da qualidade do aprendizado, também participou da reunião. Para ele, mais importante que a estrutura é o debate sobre a velocidade de acesso à rede. “O princípio orientador é a velocidade que queremos atingir em todas as escolas brasileiras, caso a caso, e é possível fazer a opção por essa ou aquela infraestrutura, o que não quer dizer que não tenhamos uma infraestrutura prioritária hoje de desenvolvimento no Brasil, que é a fibra ótica.”
Para ele, proporcionar a conexão é tornar a educação mais igualitária, mas é preciso pensar também no uso que será dado à rede dentro das atividades escolares. “A conectividade tem um valor em si indiferente do seu uso, mas é evidente que conectar uma escola é parte do processo. É preciso ver quais são os melhores usos pedagógicos possíveis a partir da disponibilidade de tecnologia e de infraestrutura”. Ele ressalta também que, em escolas onde há conexão, a realidade dos alunos já apresenta mudanças. “As escolas de fato conectadas estão passando por verdadeiras revoluções internas sob a perspectiva do engajamento dos alunos que chegam antes na escola, ficam até depois, querem se envolver nas atividades e dos professores também.
Agora, o próximo passo é mapear as infraestruturas existentes e analisar as melhores opções para ampliar o acesso à internet. Um novo debate deve ser realizado em 15 dias.
Agência Brasil
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