O ministro Eduardo Braga anunciou que o Brasil terá aumento de 70% na geração de energia em 2015, graças ao início do funcionamento das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia; e de Teles Pires, no Mato Grosso. "Chegaremos a 2016 com mais capacidade de enfrentar o período seco do verão", comemorou, descartando a possibilidade de haver apagão em qualquer região brasileira.
Braga observou que em 2001 houve racionamento de energia elétrica na maioria das regiões, apesar de o País ter, naquela época, mais água armazenada nos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, por exemplo. "Em 2015, há menos água e, mesmo assim, não enfrentamos esse problema, devido aos investimentos feitos no sistema elétrico." O Brasil, segundo o ministro, também investe em fontes diversificadas de energia. Atualmente, a matriz de capacidade instalada de geração de energia é assim distribuída: 65,8% proveniente de hidrelétricas; 29,8% de termelétricas; 4,4% eólica; e 0,1% solar. "A matriz energética do País é 75% renovável. No mundo, esse índice é de apenas 20%", frisou.
Mais uma notícia anunciada foi a ampliação de investimentos em energia eólica, biomassa (combustível proveniente de fonte orgânica) e em gás natural, além da expansão do sistema elétrico, com a implantação de 525 usinas até 2019. "O potencial eólico do País é imenso e, atualmente, mais de 30 mil empregos são gerados somente nesse segmento. A maioria, no Nordeste", comemorou, acrescentando que o Governo Federal também lançará um programa de geração de energia solar. Segundo o ministro, um dos projetos prevê instalação de placas solares nos reservatórios de Sobradinho, na Bahia, e de Balbina, no Amazonas.
O ex-governador Germano Rigotto falou sobre o cenário político e econômico atual. Ele previu que o segundo semestre de 2015 e todo o ano de 2016 serão de grande pressão sobre os Legislativos Estaduais, devido ao ajuste fiscal proposto pelo Governo Federal. De acordo com ele, o ajuste é necessário para que o Brasil não perca o chamado grau de investimento, atribuído por agências internacionais aos países com baixo risco de inadimplência. Ao mesmo tempo, as medidas contidas no ajuste, como o aumento de juros e impostos e os cortes no orçamento, “vão na contramão das necessidades do País”. Segundo o ex-governador, o Brasil precisa crescer 5% ao ano, mas terá, em 2015, retração de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB).
"O ajuste fiscal vai gerar aumento do desemprego e as pessoas pedirão socorro ao Legislativo Estadual", afirmou. A situação internacional - com a economia dos Estados Unidos ainda em recuperação, a iminência de uma crise financeira na União Europeia e a redução no crescimento da China - também terá impacto sobre o crescimento brasileiro. Rigotto ainda criticou a falta de uma política de desenvolvimento no Brasil e ressaltou que o País vem sofrendo um processo de desindustrialização.
Apesar dos problemas, Rigotto afirmou estar otimista em relação ao futuro. Entre as vantagens apontadas pelo ex-governador, estão o grande mercado interno, a regulação do sistema bancário, a capacidade de crescimento da produção de alimentos, a diversidade da matriz energética, a ausência de conflitos étnico-raciais, a grande população jovem e o fato de o Brasil ser uma democracia.
ENCERRAMENTO – O deputado Sandro Locutor (PPS/ES) foi eleito presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). A eleição ocorreu no encerramento da 19ª Conferência da entidade. A nova diretoria da Unale ainda vai contar com os deputados pernambucanos Diogo Moraes (PSB), quarto vice-presidente; Zé Maurício (PP), membro do Conselho Fiscal; Tony Gel (PMDB), integrando o Conselho Deliberativo; e Eriberto Medeiros (PTC), reeleito presidente da Secretaria Especial de Segurança. A próxima conferência da Unale, em 2016, será realizada em Sergipe.
O final do evento também foi marcado pela palestra do pianista e maestro João Carlos Martins. Ele relatou as adversidades por que passou e o deixaram impossibilitado de tocar durante anos. Desde 2004, ele se dedica à regência e já realizou mais de 1500 concertos. Martins faz, atualmente, um trabalho com cerca de 10 mil crianças de comunidades de baixa renda, levando, segundo ele, o mundo infantil ao "universo fantástico da música clássica".
Alepe
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