No primeiro dia de aula na rede estadual de ensino, após a suspensão da greve que durou 24 dias, algumas escolas encerraram as atividades mais cedo por falta de alunos. Em virtude da paralisação, serão repostos 18 dias letivos, mas os parâmetros e cronograma da reposição ainda não foram definidos. Amanhã, representantes do governo do estado se reúnem com a categoria para discutir como a compensação será feita.
Os valores descontados dos professores que aderiram à greve, deflagrada em 10 de abril, não serão devolvidos, mas haverá pagamento das aulas repostas. “Os professores vão retornar às atividades nas escolas de referência, conforme acordado com o sindicato. Todas as unidades escolares da rede pública estadual funcionaram nesta terça-feira (ontem)”, informou a Secretaria Estadual de Educação, por nota.
Ontem, alunos do complexo educacional Instituto de Educação de Pernambuco (IEP), na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, afirmaram ter sido liberados mais cedo que o horário de costume. Na Escola Rochael de Medeiros, a estudante Melissa Filgueira, 12 anos, largou às 10h30. “Fiquei três semanas sem poder assistir aula e, hoje, pude observar que o movimento está se normalizando. Porém, fomos liberados mais cedo”, contou.
A mãe da estudante, Manuela Guimarães, 36, também frequenta o complexo escolar e observou uma normalização na Escola Sylvio Rabello. “O movimento ainda está fraco porque alguns alunos não sabiam da volta às aulas. O número de professores já é maior”, pontuou.
“Apenas uma parte dos alunos veio à escola, mas acredito que o retorno acontecerá aos poucos. Minha turma foi liberada antes das 11h e disseram que a professora estava doente’’, comentou Awendely Nascimento, 14, da Rochael de Medeiros. “O número de alunos foi maior que o esperado e que o quadro de professores estava completo pela manhã”, disse a diretora-adjunta do Sizenando Silveira, Lúcia Melo.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo, afirmou que o primeiro dia pós-greve foi positivo. “O retorno às escolas aconteceu tranquilamente. Temos representações em todo o interior para comunicar a suspensão da greve”, explicou. Segundo ele, um ofício informando que a paralisação foi suspensa foi enviado ao governo. No dia 21, a categoria, que pede a ampliação do reajuste de 13,01% a todos os profissionais, se reúne em assembleia, às 9h, no Clube Português de Pernambuco.
Diário de Perrnambuco
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