O agente da PRF tinha 63 anos de idade e 35 de serviço. Apesar de já ter cumprido a sua missão e, há cinco anos, poder estar aposentado, optou por continuar servindo à sociedade. Foi assassinado com três tiros durante o atendimento de um acidente de trânsito, na BR 423.
Jeová Rodrigues de Lima, de 65 anos, acusado de efetuar os disparos, foi preso pela própria PRF após fugir do local da ocorrência. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Federal (PF), em Maceió/AL.
A morte do colega, de forma inacreditavelmente banal, deixa a PRF em luto. Ele tinha esposa e três filhos. Hoje (11), trabalharemos com uma faixa preta no braço, simbolizando a tristeza de perder não apenas um policial, mas um amigo alegre, um pai de família trabalhador, que morreu por escolher servir… Na essência mais pura dessa palava.
As homenagens deverão seguir por todo o dia. O horário e local do sepultamento ainda serão confirmados pela família.
ENTENDA O CASO
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para atender uma colisão lateral entre um veículo não identificado e uma motocicleta, na BR 423, em Ouro Branco/AL, com duas vítimas fatais.
Enquanto sinalizavam o acidente, providenciavam a retirada dos corpos, e registravam o sinistro, os agentes da PRF também se preocupavam com os curiosos que paravam no local. A aglomeração de pessoas poderia ocasionar atropelamentos.
Jeová, que pilotava uma motocicleta, parou no local, desceu da moto e se aproximou dos corpos. Segundo testemunhas, o policial foi questionar sobre a presença do homem na rodovia, quando percebeu que ele estava armado. Eles entraram em luta corporal e houve troca de tiros.
O policial foi atingido por três disparos. Ainda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.
O acusado, por sua vez, foi atingido no pé e, de raspão, nas costas. Ele ainda fugiu do local na sua moto. Mas, minutos depois, foi capturado pela própria equipe da PRF. Ele foi encontrado na maternidade de Ouro Branco, onde procurou atendimento.
O caso foi encaminhado para a Polícia Federal (PF), em Maceió/AL.
Após a conclusão do inquérito, ele deverá ser indiciado por homicídio, cuja pena é de 6 a 20 anos. Caso incida alguma qualificadora, a pena poderá chegar até 30 anos de reclusão.
Durante toda a ocorrência, a PRF recebeu apoio das demais forças de segurança: da Secretaria de Estado da Defesa Social de Alagoas, e das Polícias Militar e Civil de Alagoas.
Da Assessoria PRF
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