Jornalista Márcio Bonfim esteve em Petrolândia no início de abril para registrar o processo produtivo da tilapicultura no município, dos tanques no Lago de Itaparica ao ateliê de artesanato (Reprodução TV Globo)
Fotos: Associação Café com Arte
Os peixes se multiplicam nos cinquenta tanques, no meio do Lago de Itaparica, que esconde as ruínas da antiga cidade de Petrolândia. Aos 23 anos, Romário José da Cruz aprendeu com o pai a vocação para buscar na água a fonte de renda da família. “As famílias tinham uma renda precária, que vinha da agricultura. Como era a agricultura que dependia da chuva. Essa é uma área muito seca. E também os filhos iam crescendo, não tinham oportunidade de emprego aqui na região. Só comércio e agricultura. Um comércio muito pequeno, aqui, nas cidades”, explica a assistente social da Secretaria de Aquicultura e Pesca de Petrolândia, Jarcilene Barbosa.
Todo mês, os pescadores gastam mais de R$ 50 mil reais, apenas com a associação. Romário participa da associação dos criadores de peixes da Serra, que reúne outras doze famílias da vizinhança, desde 2006.” O lago de Itaparica tem uma qualidade água muito boa, que propicia a produção de peixes. E o espelho de água é bastante extenso podendo ainda ser bastante aproveitado”, aponta o engenheiro de pesca do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Ivo Thadeu Mendonça.
No 2º bloco, o Espaço Pernambuco mostra a parceria dos comerciantes do Mercado Público de Petrolândia e as artesãs. Enquanto o filé vai para os clientes, a pele vai para o artesanato. “Ele vem do mercado até chegar na associação onde começamos todos os procedimentos para o curtume, o pequeno curtume da pele da tilápia, onde transformamos em couro”, explica Fátima Belém, presidente da Associação Café com Arte, que reúne artesãos de Petrolândia.
O catálogo de produtos é bem diversificado, com chaveiros, brincos, bolsas, sandálias, braceletes, carteiras que custam a partir de R$ 7. São artigos que conquistam as mulheres em feiras nas cidades pernambucanas e também outros estados como São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Aqui, na associação, a gente pretende exportar. A gente até já teve convite para a Suíça, para exposição. Como eu gosto de desenhar e fazer bolsa, a gente pretende que estas bolsas sejam usadas fora do país. E aqui também, né? Mas a gente sabe que quando parte pro estrangeiro é bem mais valorizado o artesanato”, aponta a artesã Paula Rejane.
Para as artesãs e pessoas que sobrevivem a partir da tilápia, o peixe se tornou o outro deles, indo da alimentação cotidiana ao sustento com a manufatura de produtos.'
Os vídeos com os dois blocos do programa estão disponíveis na página http://redeglobo.globo.com/globonordeste/noticia/2015/05/espaco-pernambuco-mostra-forca-da-criacao-de-tilapia-no-sertao.html
Notícia relacionada (clique para ler):
>Beneficiamento da pele de tilápia pela Associação Café com Arte é tema de reportagem da Globo Nordeste
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Globo Nordeste e Associação Café com Arte
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