As usinas térmicas são mais caras que as hidrelétricas, mas têm complementado a geração para preservar o nível dos reservatórios. Segundo Chipp, o motivo é a previsão de menos chuvas no período seco: "Não tendemos a paralisar nenhuma térmica tão cedo, porque neste período a chuva é pouca, e com essa afluência, a energia que entra, em média é muito baixa. Não há expectativa de parar térmicas no curto prazo".
Chipp afirmou que a perspectiva é que o nível dos reservatórios na Região Sudeste possa chegar a 20% em novembro. "Isso é muito positivo, mas ainda não é o ideal", disse o diretor, afirmando que a situação agora é mais confortável do que no ano passado, e classificando como "praticamente nulo" o risco de um racionamento. "Não falamos em risco nulo, porque não existe, mas a probabilidade é baixíssima".
O diretor do ONS destacou ainda que a carga do mês de maio ficou 2 mil megawatts abaixo da previsão que já tinha sido revista após as quedas registradas no quadrimestre janeiro-abril. Segundo Chipp, a revisão tarifária, medidas como a bandeira tarifária e o desempenho da indústria contribuíram para o resultado e uma nova revisão pode ser feita no final de junho.
O diretor-geral da da Agência Nacional de Energia Elétrica, Romeu Rufino, também disse não acreditar no desligamento de térmicas neste ano, mas afirmou que, no ano que vem, com a baixa da demanda e uma possível melhora do regime hidrológico, há perspectiva concreta de redução nas tarifas de energia no país.
"A perspectiva é de queda. Não tenho como quantificar e nem é próprio eu fazer", disse o diretor, afirmando que a queda deve ocorrer também por causa da renovação das concessões de hidrelétricas no modelo de cotas, que barateia a contratação. Até o próximo período úmido não há perspectiva de desligar as térmicas".
Agência Brasil
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