Na Alepe, deputados comentam ações do movimento Ocupe Estelita

Assembleia Legislativa de Pernambuco (Foto: João Bita/Alepe)

As manifestações realizadas pelo Movimento Ocupe Estelita, na semana passada, foram comentadas pelos parlamentares, na Reunião Plenária desta segunda (11). O grupo questiona o projeto imobiliário Novo Recife na região do Cais José Estelita e pede o tombamento da área.

O deputado Edilson Silva (PSOL) destacou as três ações realizadas: o protesto contra a aprovação de um plano específico para a área, na Câmara dos Vereadores, o acampamento na frente do prédio onde mora o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o ato pelo tombamento da paisagem cultural do Cais. “Quero parabenizar os manifestante que estão lutando por uma cidade para todos e não para poucos”, disse.

Já Rodrigo Novaes (PSD) condenou a ocupação em frente ao prédio onde mora o prefeito, apesar de entender que o Ocupe Estelita pretende provocar discussões sobre o modelo de cidade desejado pela população. “O movimento é legítimo, no entanto, discordo das pichações, ocupação de local privado e falta de respeito ao gestor da cidade”, assinalou. O parlamentar também salientou que o prefeito promoveu a devida discussão em audiências públicas, chegando a mudanças que permitiram mais áreas verdes e públicas. “Se existem irregularidades, que sejam levadas ao Poder Judiciário”, frisou.

Em apartes, os deputados Vinícius Labanca (PSB), Tony Gel (PMDB), André Ferreira (PMDB), Professor Lupércio (SD), Romário Dias (PTB), Sílvio Costa Filho (PTB) e Waldemar Borges (PSB) corroboraram a fala de Novaes, além de defenderem o projeto Novo Recife. “Parece que o debate saiu do campo técnico para a área da radicalização política. Criaram um fato visando às eleições do próximo ano”, avaliou Tony Gel.

Já José Humberto Cavalcanti (PTB), Priscila Krause (DEM) e Teresa Leitão (PT) se opuseram à ação em frente à moradia do prefeito do Recife, mas questionaram aspectos relacionados à tramitação do projeto. “A cidade já deveria, há muito tempo, ter um gabarito menor para as edificações, com mais áreas verdes. A Comissão de Meio Ambiente da Casa poderia propor uma solução definitiva”, acredita Cavalcanti.

Edilson Silva também comentou em seu pronunciamento a morte de uma estudante ao cair de um ônibus lotado na última sexta(8). A estudante de biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Camila Mirele Pires da Silva, 18 anos, foi vítima de um acidente em um veículo que fazia a linha Barro/Macaxeira. “Depoimentos mostram que houve um conjunto de falhas tanto do sistema de transporte público quanto da condução do veículo”, relatou.

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