terça-feira, maio 05, 2015

Frases do dia 05/05/2015: Coletânea IHU Online


A inovação da Caixa

“A Caixa inova: para a concessão de empréstimo destinado à compra de imóvel usado, o pretendente a conseguir a casa própria tem que entrar com 50% do preço pedido, e não mais 20%. É o primeiro ato notável de Miriam Belchior, petista de raiz, que saiu dos salões do Planalto para a presidência da Caixa. Justificativa da sua inovação: a medida objetiva estimular a compra de imóveis novos, logo, a construção” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Desajuste

“A medida faz parte do arrocho que os desarrochados do governo, com Dilma, chamam de ajuste fiscal. Mais um ato para desajustar a vida dos que começavam a tê-la um pouco menos injusta” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Avanço em cima das conquistas do povaréu

“Nesse sentido, até que não é mau o título da nova campanha publicitária do governo Dilma: "Ajustar para avançar". A regra publicitária das frases curtas vetou o complemento um pouco extenso: "avançar em cima dos direitos antigos e conquistas recentes do povaréu" – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Vida dura

“Dura é a vida dos petistas, dos quais cobram, Lula inclusive, o apoio ao que os usurpa e oprime, porque desta vez vem em nome do PT. Embora por comando do neoliberal Joaquim Levy - o que deveria ser mentira, mas é a verdade do governo” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Políticos não representam mais a democracia

“Não acredito que haja desprezo pela democracia aqui (na Inglaterra), mas há uma sensação de que os políticos não representam mais a democracia. No nosso país, o que os políticos nos dizem o tempo todo é que o Estado é grande demais, que vão sair do caminho enquanto o mercado distribui riqueza. E eles, os políticos, vendem os nossos ativos, as minas, fontes, gás, em liquidação. O que fazem então os políticos? Eles não fazem mais nada” - David Hare, dramaturgo inglês – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Cartel de interesses

“Vale para todos, com exceção dos verdes. Então, não admira... Os políticos viraram só outro cartel de interesses. Ambos os lados, após a [Segunda] Guerra, concordaram que precisávamos do Estado de bem-estar social, educação pública, saúde pública: eram as coisas que os políticos estavam lá para entregar. Mas eles não veem mais isso como sua responsabilidade” - David Hare, dramaturgo inglês – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Chantagem dos bancos

“Primeiro (os bancos) destruíram a economia britânica e então disseram, "A menos que nos seja permitido continuar fazendo o que fizemos, nós não vamos conseguir tirar vocês disso" [risos]. E os políticos permitiram” - David Hare, dramaturgo inglês – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Chantagem dos bancos 2

“Isso (o ajuste fiscal de Joaquim Levy) entra na cabeça de alguém? Ele dá um choque de câmbio, um choque de custos, faz corte de gastos. Vai produzir uma recessão brutal. Está produzindo. Está tudo parado. Há preocupação com a perda do grau de investimento. E daí? É uma chantagem do mercado financeiro, que diz que precisa fazer um ajuste. Algum ajuste precisava fazer, mas não nessa violência. O governo cedeu à chantagem do mercado com a ameaça da perda do grau de investimento” – João Cardoso de Melo, economista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Rentistas

“Onde estão os empresários do manifesto de 1978 [que pediu mudanças na economia e a volta da democracia]? Ou venderam ou viraram rentistas ou comerciantes ou importadores” – João Cardoso de Melo, economista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Terceirização

“Vai acabar com o mercado de trabalho (...) É uma devastação no mercado de trabalho. Vai desestruturar tudo e jogar os salários para baixo. É o que Levy quer: ajustar a relação salário/câmbio” – João Cardoso de Melo, economista –Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Palavrão

“Não temos estratégia nacional de desenvolvimento. Isso virou um palavrão” – João Cardoso de Melo, economista –Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

“A pobreza intelectual e moral do Brasil é muito maior do que a pobreza material” – João Cardoso de Melo, economista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

FHC, não JK, mas Dutra

“FHC fez uma devastação. Achou que era o JK e descobriu que era o general Dutra. Ele interpretou mal o plano de metas. Porque o plano de metas não existe sem a coordenação estatal. Depois de eleito, JK tomou um avião e foi para a Europa. Porque os americanos não queriam saber da industrialização no Brasil. Ele falou com a Volkswagen, a Brown Boveri. Vieram os europeus. Os americanos só vieram depois que a indústria andou. FHC achou que foram só as multinacionais que fizeram o desenvolvimento do Brasil. Uma bobagem. Ele disse: vou abrir tudo; eles vêm aqui e fazem. Fazem nada! Veja o papel do Estado chinês” – João Cardoso de Melo, economista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

1964

"Foi um embate que perdemos por burrice, incompetência, loucura. Havia dois projetos de Brasil. Um era o nosso, que era uma beleza. O outro era o da direita" – João Cardoso de Melo, economista – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Combinação

"Realmente havia combinação das empresas e eu participei das negociações" - Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, citando o caso do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio) – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Outro lado

"A gente achava que o criminoso estava do outro do balcão" - Eduardo Leite, ex-vice-presidente da Camargo, que não se via praticando crimes de corrupção: "Eu dei continuidade a algo que existia" – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Meio terrorista

“Quando tem votação nominal na Casa, as pessoas que têm interesse no projeto ficam desesperadas em ganhar. E o Eduardo Cunha, presidente da Câmara, é meio terrorista, cria todo um clima. Ele coloca pra votar e, um minuto depois, já começa a anunciar no microfone ‘vou encerrar a votação, vou encerrar a votação’. É muito engraçado porque ele fala ‘vou encerrar votação’ e dá uma risadinha de lado” - Renata Abreu, deputada federal – PTN-SP – O Globo, 04-05-2015.

Merci, Seigneur!

“"Merci, Seigneur! Merci!", mãos levantadas ao céu, grita o pastor. Domingo, 9h, e a igreja Assembleia de Deus, no Glicério, está cheia. Acomodadas em cadeiras de plástico, cerca de 70 pessoas cantam sem parar. Não fosse o idioma, o ritmo já deixaria claro que algo ali é diferente” – Emílio Sant’Ana, jornalista, em reportagem intitulada “Bairro negro. Haitianos mudaram a cara do Glicério, na região central de São Paulo” – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Haitianos

"Pode escrever aí, mais um ano e o Glicério vai ter só loja de haitianos" - Luciano Gomes, pastor, que aprendeu francês e creole – Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

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