Por volta das 8h, os trabalhadores chegaram à rampa de acesso ao Centro de Convenções, mas a maioria foi impedida de participar do evento por estar vestindo a camisa do movimento. Às 9h15, os manifestantes fecharam uma faixa da Estrada de Belém.
De acordo com a assessoria de comunicação do Sintepe, no momento em que um dos professores passou mal e desmaiou por conta do calor, foi formada uma aglomeração e cerca de 20 policiais militares teriam entrado em confronto com os manifestantes. Houve empurra-empurra e clima de tensão. Após o embate, toda a via foi interditada, nos dois sentidos.
Dentro do auditório, representantes da categoria que conseguiram burlar a segurança abriram faixas e cartazes e vestiram camisas com a inscrição "100%: prometeu, agora cumpra" O material foi exibido, principalmente, durante as falas do secretário Danilo Cabral e do próprio governador.
Em entrevista, Paulo Câmara garantiu que vai honrar os compromissos assumidos em campanha e que irá revolucionar a educação em Pernambuco, com a ajuda dos professores. Ele acrescentou que as melhorias nao têm que vir apenas com aumento salarial, mas também com melhoria dos indicadores e desempenho dos professores. O governador disse ainda que a greve prejudica as crianças e famílias, que não têm com quem deixar os filhos.
"Melhorando os indicadores de educação, o salário vai melhorar também, nós estamos pensando em cima disso, isso vai ser cumprido. Eu tenho a certeza de fazer uma revolução na educação, melhorando a vida dos professores, melhorando o salário e melhorar o ensino", apontou Câmara.
Sobre o confronto com a polícia, o governador disse que será averiguado se houve excesso por parte da PM e dos manifestantes, ressaltando a interdição da rua promovida pela categoria em greve. "Se houve excesso por parte da Defesa Social, nós vamos cuidar disso, agora se houve excesso do outro lado isso precisa também ser compreendido, não podemos prejudicar toda a população. Eu vi pessoas deitadas no asfalto, isso não ajuda, isso não vai beneficiar o diálogo, não vamos melhorar em nada a situação forçando a barra. A Justiça já decretou a ilegalidade da greve, as pessoas tem que respeitar as instituições", disse.
Com informações do repórter João Vitor Pascoal
Do Diário de Pernambuco
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