quinta-feira, abril 16, 2015

Polícia desarticula quadrilha suspeita de fraudar concursos em Pernambuco

Presos na Operação Mercador foram levados para a sede do GOE  (Foto: Flávio Pereira / TV Globo)

A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira (16), 11 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão no Recife e na Região Metropolitana, dentro da Operação Mercador, que busca desarticular uma quadrilha envolvida num esquema de fraude em concursos públicos. O concurso para agentes de trânsito e transportes de Ipojuca foi um dos alvos da fraude, mas outros também estão sendo investigados.

As investigações começaram há dois meses. "O objetivo da operação é prender integrantes dessa organização criminosa envolvidos na prática de fraudes em concursos públicos em Ipojuca. É um concurso que já foi realizado, e foi identificada essa fraude. Há servidores públicos envolvidos. A operação visou o cumprimento de 11 mandados. Armas de fogo, documentos, dinheiro e equipamentos eletrônicos foram apreendidos", disse o delegado Salustiano Albuquerque.

O concurso de Ipojuca foi realizado em 2014. Este ano, alguns aprovados foram convocados. A prova foi realizada pela Conupe, a comissão de concursos da Universidade de Pernambuco (UPE). Procurada pela reportagem, a Conupe disse que a instituição não vai, por enquanto, se pronunciar sobre as investigações da polícia.

Já a Prefeitura de Ipojuca informou em nota divulgada na tarde desta quinta que "suspendeu a prova final do referido concurso, através do ofício n° 018/2015, de 13 de janeiro de 2015, e que formulou denúncia, conforme petição datada de 23 de janeiro de 2015, ao Ministério Público de Pernambuco. No documento, a Prefeitura solicita intervenção e investigação sobre alegações de fraudes formuladas por candidatos".

Ainda segundo o município, as investigações são sobre "o concurso da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte do Ipojuca (AMTTRANS), para provimento de cargos de agentes de trânsito, através do Edital n° 01/2014, sob a responsabilidade do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (Iaupe)".

Ao todo, 16 delegados e 132 policiais civis atuaram na operação. Os itens apreendidos e as pessoas detidas foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, no bairro do Cordeiro, no Recife. A delegacia de Crimes Contra a Administração Pública está tomando os depoimentos. Os detidos vão responder por fraude em concurso público e associação criminosa. A pena pode chegar a sete anos de prisão, de acordo com o delegado Albuquerque.

G1 PE

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