De acordo com o geriatra e membro da entidade José Elias Pinheiro, a população em geral tende a associar a lentidão dos movimentos ao envelhecimento e o sinal de alerta, muitas vezes, não é levantado. “Pode ser o caminhar mais lento, dificuldade para vestir a roupa, maior tempo para tomar banho”, explicou.
Pinheiro destacou entretanto que a doença de Parkinson é caracterizada por pelo menos dois sinais motores e que a lentidão dos movimentos, portanto, pode vir acompanhada por tremores, rigidez ou instabilidade postural. Outros sintomas não motores incluem depressão, apatia, face inexpressiva e alterações na pele.
“É uma doença progressiva e que não tem um tratamento curativo. Os medicamentos disponíveis hoje tendem a controlar os sintomas e reduzem um pouco o curso da doença. Mas, à medida em que ela evoluiu, após cinco ou dez anos, tendem a haver agravos motores e não motores”, disse.
Para que se possa manter a qualidade de vida do paciente, de acordo com o especialista, é preciso optar por uma estratégia terapêutica multifuncional, aliando tratamento medicamentoso a fisioterapia, fonoaudiologia e suporte psicológico.
Principais sintomas motores da doença de Parkinson:
- lentidão de movimentos ou bradicinesia
- agitação ou tremor em repouso
- rigidez dos braços, pernas ou tronco.
- problemas com o equilíbrio e quedas, também chamado de instabilidade postural
Principais sintomas não motores da doença de Parkinson:
- humor (depressão, ansiedade, irritabilidade)
- alterações cognitivas (atenção, problemas visuo-espacial, problemas de memória, alterações de personalidade, psicose/alucinações)
- prisão de ventre
- hiperidrose (suor excessivo), especialmente das mãos e pés
- perda de olfato
- distúrbios do sono
- insônia
Agência Brasil
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