As sugestões brasileiras para a redução dos impactos ambientais que ameaçam as mudanças do clima no planeta – voltadas, especialmente, à diminuição da emissão de gases do efeito estufa – serão “equilibradas; porém, ambiciosas”, como avaliaram o senador Fernando Bezerra e os especialistas convidados para a audiência da CMMC: embaixador José Antônio de Carvalho, subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores; Adriano Oliveira, diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, e Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG), além do relator da CMMC, deputado Sérgio Souza (PMDB/PR).
“O Brasil e o mundo devem atuar de forma equilibrada: gerar emprego e renda sem destruir seus ecossistemas”, defendeu Fernando Bezerra. Segundo Adriano Oliveira, as políticas públicas brasileiras voltadas à questão ambiental “estão no trilho correto”. A análise foi reforçada pelo embaixador José Antônio de Carvalho, ao observar que o Brasil reduziu em 41% as emissões de gases de efeito estufa no período de 2005 a 2012.
O embaixador defendeu que durante a COP 21 – que será realizada entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro deste ano – as nações deverão estabelecer um acordo equitativo que viabilize o envolvimento de todos os países no esforço para a redução da emissão dos gases responsáveis pelo aumento do efeito estufa (gerados, principalmente, pelo desmatamento e pela atividade agropecuária). Segundo José Antônio de Carvalho, este acordo também deverá ser indutor de recursos financeiros e de transferência de conhecimentos e tecnologia entre as nações.
“Temos de alcançar entendimentos que busquem controlar as mudanças climáticas de forma a contermos o aumento da temperatura global até 2ºC”, observou. “O caminho é o desenvolvimento sustentável econômico, ambiental e social”, completou o embaixador.
De acordo com Tasso Azevedo, o Brasil é responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, enquanto a China responde por 22% e os Estados Unidos (EUA), por 13%. Ele defende que as emissões (líquidas) sejam zeradas até 2050 para que não haja elevação excessiva da temperatura global.
Protagonismo do Brasil – Durante a audiência da CMMC, o senador Fernando Bezerra Coelho destacou o protagonismo do Brasil nas discussões sobre as mudanças climáticas ao informar que a questão ambiental será um dos principais temas do encontro da presidenta Dilma Rousseff com o presidente dos EUA, Barack Obama. O encontro está marcado para o final do próximo mês de junho.
Assessoria de Imprensa Senador Fernando Bezerra Coelho
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