O coordenador de monitoramento e fiscalização do IMA, Ermi Ferreira, explicou que as algas causavam a cor escura e o forte odor nas águas. Ele frisou que a espécie encontrada não é tóxica, mas a água não é adequada para o consumo humano.
“Essa alga vive em água salgada e consome muito oxigênio para sobreviver, o que acabou resultando na morte de algumas espécies de peixes do rio. Ainda não sabemos como ela foi parar no Rio São Francisco. Possivelmente pode ser fruto de algum desequilíbrio ambiental”, disse.
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) disse que vai aplicar uma multa de ressarcimento no valor de R$ 500 mil pelos oito dias em que o abastecimento foi afetado em municípios do Sertão. A Companhia afirmou que o valor não leva em consideração os carros pipa colocados para abastecer as cidades nem os gastos tidos para melhorar a qualidade da água.
A Casal solicitou ainda que a Chesf mantivesse vazão de 1300 metros cúbicos por segundo até que essas microalgas sejam diluídas ou retornem ao oceano. Não há previsão de quando a mancha irá desaparecer.
O presidente do IMA, Gustavo Ressurreição, disse que a limpeza feita pela Chesf foi acompanhada por técnicos do IBAMA, mas ainda não é possível afirmar que outros microorganismos ainda estejam nas águas. “O IMA irá penalizar a Chesf, mas o valor da multa só será definido após a conclusão dos laudos. Houve danos socioambientais graves na área, porém ainda não sabemos os danos causados ao rio”, completou.
O acidente deixou oito municípios de Alagoas sem água, já que o líquido que estava chegando às torneiras apresentava uma cor amarelada e cheiro ruim. O Ministério Público Estadual (MPE), através da promotoria do Meio Ambiente, já determinou a abertura de um inquérito civil público para apurar as causas e também estabeleceu o prazo de 10 dias para uma avaliação da água servida à população, saber os pontos críticos e a constatação do dano ambiental.
Fonte: Cada Minuto
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