sábado, março 07, 2015

Veja o que dizem os citados na lista da Lava Jato


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavasckiautorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos citados em delações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.

Clique>Veja lista completa dos investigados com cargo e partido político de cada

Veja o que dizem os citados e a repercussão nos partidos:

– O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, por meio de nota, que dará "todas as explicações à luz do dia" e que prestará "as informações que a Justiça desejar". "Minhas relações junto ao poder público nunca ultrapassaram os limites institucionais. Jamais mandei, credenciei ou autorizei o deputado Aníbal Gomes, ou qualquer outro, a falar em meu nome, em qualquer lugar. O próprio deputado já negou tal imputação em duas oportunidades."

– A assessoria de imprensa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), informou que o parlamentar vai esperar a formalização do conteúdo do inquérito para se pronunciar sobre o assunto.

– A senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse ter ficado "triste", mas "tranquila" com a decisão. "A investigação é oportunidade de esclarecimento dos fatos e espero que seja a forma de acabar com o julgamento antecipado. Não conheço e jamais mantive contato com Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef."

– A defesa do senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB) informou que não vai se manifestar porque ainda não tem conhecimento do que há contra o parlamentar.

– A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) disse ter ficado "perplexa" com a decisão e negou ter ligação com qualquer assunto relacionado às investigações da Operação Lava Jato que envolvem a Petrobras.

– Em nota, o senador e ex-ministro Humberto Costa (PT-PE) disse que soube da decisão com "surpresa" e "indignação". O parlamentar afirmou ainda não ter conhecimento de quaisquer fatos que possam ser atribuídos a ele e ressaltou "a lisura de sua conduta e de sua vida pública". Na nota, Costa disse que há quatro meses deixou à disposição do STF, do Ministério Público e do Senado os sigilos bancário, fiscal e telefônico. "Aberto o inquérito pelo STF, e diante da injusta exposição a que ficará submetido, espero celeridade do processo e confio no seu consequente arquivamento."

– As assessorias do senador Romero Jucá (PMDB) e do deputado Eduardo da Fonte (PP)informaram que os parlamentares só se pronunciarão após terem acesso ao conteúdo dos processos.

– Por meio da assessoria de imprensa, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, informou que só irá se posicionar quando tomar conhecimento oficial dos autos do processo. Ele disse estar “tranquilo” e afirmou que confia no trabalho da Justiça.

– O senador Benedito de Lira (PP) disse ter ficado “surpreso” com a decisão, que não sabe o conteúdo das denúncias contra e que está “tranquilo”.

– A assessoria do senador Antônio Anastasia (PSDB) informou que ele não comentará o assunto enquanto o seu advogado, Maurício Campos, não tomar conhecimento do teor do processo.

– O deputado Sandes Júnior (PP-GO) disse, em nota, estar "surpreso" e "estarrecido" com a decisão do ministro Teori Zavascki. “Repudio qualquer ato de corrupção. [...] Não conheço nem mesmo tenho qualquer contato com o doleiro Alberto Youssef muito menos com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa", disse.

– Em nota, o deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG) disse contestar "veementemente" as "insinuações" de que ele teria participa do esquema investigado na Lava Jato. "Esclarece nunca ter recebido valores ilícitos de quem quer que seja e que sempre pautou sua longa e imaculada vida pública por princípios e limites éticos e somente irá se manifestar, após conhecimento dos pretensos fatos alegados."

– O advogado do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), Michel Saliba, disse não ter tido acesso aos autos do processo do STF, pois ainda não houve a digitalização dos documentos. "Não sabemos do que se trata e, como advogado, é muito difícil fazer uma afirmação agora."

– Também responsável pela defesa do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), Michel Saliba disse que na próxima segunda-feira (9) deverá terá acesso aos autos do processo do cliente.

– Na Espanha, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) negou envolvimento no esquema investigado na Lava Jato e disse estar "surpreso" com a decisão. Afirmou ainda que a divulgação da decisão repercutiu negativamente na família dele e que retornará ao Brasil.

– Em nota, o deputado José Otávio Germano (PP) disse ter ficado "surpreendido" com a decisão. "Rechaço e lamento, de forma veemente, a inclusão de meu nome no rol de parlamentares relacionados a esta investigação, mas asseguro à sociedade brasileira, e em especial aos cidadãos gaúchos, que não tenho absolutamente nada a ver com quaisquer ilícitos relativos a Petrobras."

– O deputado Renato Molling (PP-RS) afirmou que nunca recebeu nenhuma quantia ilegal, mas não garante que as quantias que foram fornecidas para financiamento da campanha política, pelo PP, foram por meios totalmente legais. Ele se diz "tranquilo" em relação às investigações, pois afirma que não está envolvido em nada relacionado ao esquema de corrupção na Petrobras.

– O deputado Vilson Covatti (PP-RS) afirmou estar "surpreso, com indignação e revoltado" com a decisão do ministro Teori Zavascki. "Nunca tive nenhuma reunião e nenhum envolvimento e nunca recebi um centavo de ninguém", afirmou.

– O deputado Vander Loubet (PT-MS) disse ser inocente e garantiu não ter relação com os fatos investigados na Operação Lava Jato. O parlamentar afirmou também que não irá se pronunciar com mais detalhes por não ter tido acesso aos autos do processo no STF. Ele ressaltou estar à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.

– Em nota, o deputado Simão Sessim (PP) disse ter ficado “surpreso” com a decisão do ministro Teori Zavascki. “Constituirei um advogado para acompanhar o processo, com a consciência tranquila, de um homem público que, ao longo dos seus mais de 40 anos de vida pública, nunca teve o seu nome envolvido com irregularidades de qualquer tipo.”

– Ex-ministro e deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) disse estar "tranquilo", e ressaltou que só se pronunciará quando tiver conhecimento sobre o teor dos documentos.

– O ex-deputado Pedro Corrêa cumpre sentença no presídio de Canhotinho (PE) por ter sido condenado no processo do Mensalão. O advogado dele, Marcelo Leal, disse que ainda não conversou com o cliente sobre o assunto e, portanto, não tem como se manifestar.

– O ex-deputado Carlos Magno (PP-RO) disse desconhecer os envolvidos na Operação Lava Jato e estar “surpreso” com a decisão. Segundo ele, as doações recebidas pelo diretório estadual da legenda são legais e declaradas à Justiça.

– Por meio de nota, o senador Valdir Raupp informou que “aguarda com serenidade a divulgação dos motivos que levaram seu nome a figurar na referida lista”. “Com tranquilidade e respeito às leis, acompanhará às diligências, absolutamente seguro de que, ao final, as provas conduzirão à verdade dos fatos”, diz a nota.

– O PT divulgou nota na qual afirmou que apoia as investigações e que todas as doações que o partido recebeu são legais. "O partido reafirma ainda sua convicção, manifestada publicamente em seguidas reuniões do Diretório Nacional, de que todos os acusados devem ter direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal", diz a nota.

– Em nota, o PSDB disse ter recebido a divulgação da lista pelo STF com “serenidade”. O presidente da legenda, senador Aécio Neves, afirmou que a análise dos fatos investigados é “imprescindível” e que o partido tomará as medidas necessárias em relação aos nomes divulgados.

– O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, divulgou nota na qual afirmou que o partido analisará quais medidas tomará com relação aos políticos que passarão a ser investigados peloSupremo Tribunal Federal.

– O Partido Progressista (PP) divulgou nota na qual disse não compactuar com atos ilícitos e que confia na apuração da Justiça, “para que a verdade prevaleça nas investigações da Operação Lava Jato.”

– O PP-RS divulgou nota na qual afirmou acompanhar com "entusiasmo" os desdobramentos da Operação Lava Jato. "Enfrentar a corrupção não é apenas um princípio partidário é um dever cívico. [...] Lamentavelmente não é o que ocorre com o atual Governo Federal, nem no plano da moralidade, nem no plano da eficiência dos serviços públicos".

O G1 procurou os seguintes políticos, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia conseguido contato com: os senadores Gladson Cameli (PP-AC), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Fernando Collor (PTB-AL); os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Arthur Lira (PP-AL), Dilceu Sperafico (PP-PR), Afonso Hamm (PP-RS), Roberto Britto (PP-BA), Mário Negromonte (PP-BA), José Mentor (PT-SP), Anibal Gomes (PMDB-CE), Missionário José Olímpio (PP-SP), Lázaro Botelho (PP-TO), Luís Carlos Heinze (PP-RS) e Roberto Balestra (PP-GO); e os ex-deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), Aline Corrêa (PP-SP), Roberto Teixeira (PP-PE), Luiz Argôlo (ex-PP-BA), José Linhares (PP-CE), Pedro Henry (PP-MT) e João Leão (PP-BA), atual vice-governador da Bahia.

Do G1 São Paulo

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