Em 2014, a incidência de tuberculose no Brasil foi 33,5 casos por 100 mil habitantes. A doença é causada pela mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, que afeta principalmente os pulmões. A infecção ocorre a partir da inalação de gotículas contendo bacilos, expelidos pela tosse, fala ou pelo espirro.
Em locais cobertos pela Estratégia Saúde da Família, os agentes são orientados a buscar os pacientes que não vão pegar os remédios no dia certo, já que é comum o doente se sentir melhor depois de algumas semanas tomando os remédios e, por isso, não completar o esquema. O tratamento da doença dura seis meses e está disponível gratuitamente pela atenção básica da rede pública de saúde.
A tuberculose está diretamente associada a situações de vulnerabilidade social, afetando pessoas que moram em lugares com más condições de saneamento básico, principalmente presidiários, indígenas, moradores de rua. Devido ao sistema imunológico mais frágil, idosos, crianças e pessoas com o HIV também têm maior facilidade de contrair a doença.
Dados do Ministério da Saúde mostram que os índios têm três vezes mais riscos de contrair a doença, em relação à população em geral. Na população carcerária, o índice aumenta para 27 vezes, na população com HIV a incidência sobe para 38 vezes e na população de rua, para 44 vezes.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro. Qualquer pessoa com esse sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. Trindade ressalta que pessoas próximas de pacientes contaminados também devem buscar o diagnóstico e o tratamento preventivo.
O Brasil conta com a vacina BCG, que combate formas mais graves da tuberculose, mas nem sempre evita a contaminação pelo bacilo. “O que a vacina faz é diminuir os casos graves e a letalidade da doença. Mesmo com a imunização, pode continuar havendo casos, mas com menos mortes”, explica o especialista.
Agência Brasil
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